http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/432584ee090c30a0af555d.html
01 de Fevereiro de 2009, 15:37
Belém, Brasil, 01 Fev (Lusa) - A democratização do debate sobre mudanças climáticas, a criação de um tribunal ecológico e o pagamento de dívidas ecológicas dos países ricos aos mais pobres, são algumas das propostas sugeridas para o Fórum Social que se realizará em Copenhaga.
Para a próxima reunião das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas marcada para Dezembro em 2009, na Dinamarca, participantes do Fórum defenderam hoje a necessidade de levar em conta as diversas crises no contexto das mudanças climáticas.
Integrar a discussão do modelo de consumo para a formulação de políticas públicas para conter as mudanças climáticas foi também uma das sugestões, assim como a proposta para a criação de um tribunal sobre dívida ecológica para assistir às vítimas das mudanças climáticas.
Segundo Phil Thornhill, representante da Global Climate Campaign (Campanha Global do Clima) presente em 70 países, dia 12 de Dezembro será a data marcada para a mobilização internacional de acção sobre o clima.
Thornhill disse à Lusa que as expectativas para Copenhaga não são tão positivas. "Da forma como os políticos actuam hoje, não esperamos que deverá ser produzido algo que vai dar conta da grande escala da crise que enfrentamos".
Thornhill não se diz céptico, mas "realista". Pois, segundo ele, "a ameaça da catastrófica desestabilização do clima global é totalmente não-precedente". A velocidade com que está a acontecer é mais rápido do que se imaginava há cerca de 10 anos, argumenta.
Para além da crise climática, "há outras crises globais a ocorrer como a de alimentos por causa de uma solução equivocada com a tentativa de incentivar os biocombustíveis que aceleram a desflorestação das áreas verdes, uma das principais causas das mudanças climáticas", sublinha.
O articulador internacional defende a revisão e reforma do Protocolo de Quioto para um acordo após a sua vigência. "É importante um novo acordo, principalmente que tenha apoio por parte de todos os países com metas de reduções de emissões mais ambiciosas".
Para este acordo pós-Quioto, salienta Thornhill, poderá haver preocupações mais ecológicas e não apenas referentes ao crescimento económico como teria ocorrido durante as negociações de Quioto.
Segundo o texto do documento elaborado por participantes do Fórum que deverá ser apresentado no encerramento do evento, "é hora de avançar e ir além das ilusões" em que "as soluções reais para a crise climática virão daqueles que sempre protegeram a Terra".
O documento incita a participação de trabalhadores, estudantes, produtores rurais, juventude, mulheres, indígenas e todos os interessado a se juntar a uma "luta comum para o futuro do planeta, das sociedade e da cultura".
FO.
Lusa/Fim
01 de Fevereiro de 2009, 15:37
Belém, Brasil, 01 Fev (Lusa) - A democratização do debate sobre mudanças climáticas, a criação de um tribunal ecológico e o pagamento de dívidas ecológicas dos países ricos aos mais pobres, são algumas das propostas sugeridas para o Fórum Social que se realizará em Copenhaga.
Para a próxima reunião das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas marcada para Dezembro em 2009, na Dinamarca, participantes do Fórum defenderam hoje a necessidade de levar em conta as diversas crises no contexto das mudanças climáticas.
Integrar a discussão do modelo de consumo para a formulação de políticas públicas para conter as mudanças climáticas foi também uma das sugestões, assim como a proposta para a criação de um tribunal sobre dívida ecológica para assistir às vítimas das mudanças climáticas.
Segundo Phil Thornhill, representante da Global Climate Campaign (Campanha Global do Clima) presente em 70 países, dia 12 de Dezembro será a data marcada para a mobilização internacional de acção sobre o clima.
Thornhill disse à Lusa que as expectativas para Copenhaga não são tão positivas. "Da forma como os políticos actuam hoje, não esperamos que deverá ser produzido algo que vai dar conta da grande escala da crise que enfrentamos".
Thornhill não se diz céptico, mas "realista". Pois, segundo ele, "a ameaça da catastrófica desestabilização do clima global é totalmente não-precedente". A velocidade com que está a acontecer é mais rápido do que se imaginava há cerca de 10 anos, argumenta.
Para além da crise climática, "há outras crises globais a ocorrer como a de alimentos por causa de uma solução equivocada com a tentativa de incentivar os biocombustíveis que aceleram a desflorestação das áreas verdes, uma das principais causas das mudanças climáticas", sublinha.
O articulador internacional defende a revisão e reforma do Protocolo de Quioto para um acordo após a sua vigência. "É importante um novo acordo, principalmente que tenha apoio por parte de todos os países com metas de reduções de emissões mais ambiciosas".
Para este acordo pós-Quioto, salienta Thornhill, poderá haver preocupações mais ecológicas e não apenas referentes ao crescimento económico como teria ocorrido durante as negociações de Quioto.
Segundo o texto do documento elaborado por participantes do Fórum que deverá ser apresentado no encerramento do evento, "é hora de avançar e ir além das ilusões" em que "as soluções reais para a crise climática virão daqueles que sempre protegeram a Terra".
O documento incita a participação de trabalhadores, estudantes, produtores rurais, juventude, mulheres, indígenas e todos os interessado a se juntar a uma "luta comum para o futuro do planeta, das sociedade e da cultura".
FO.
Lusa/Fim
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