http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9337768.html
17 de Fevereiro de 2009, 14:49
Torre de Moncorvo, Bragança, 17 Fev (Lusa) - O presidente da EDP, António Mexia, questionou hoje o interesse de uma alternativa ferroviária à linha do Tua por entender que, com a construção da barragem, a ferrovia perde o seu principal atractivo que é a paisagem.
A discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental da barragem de Foz Tua termina quarta-feira, marcada pelo dilema entre a barragem e a linha do Tua, que perderá os últimos quilómetros independentemente da cota que vier a ser aprovada para o empreendimento hidroeléctrico.
Os últimos quilómetros da linha do Tua são os que mais atraem os milhares de turistas que procuram esta linha, pela singularidade da paisagem, que a colocou entre as vias estreitas mais belas do mundo.
A EDP, concessionária da barragem, ainda não avançou com uma alternativa e o presidente da empresa, António Mexia, disse hoje que não vai fazê-lo sem antes analisar os resultados da consulta pública e da auscultação que está a fazer no terreno a autoridades e população local.
António Mexia justificou o "silêncio" da EDP sobre o assunto por entender que não compete à empresa dizer qual é a solução, que só será determinada em conjunto com as forças locais e da análise das opiniões.
Ainda assim, o presidente da EDP questiona o interesse em construir uma ferrovia alternativa à que ficar submersa.
"O que esta ferrovia tem é a vista (paisagem), se puserem uma ferrovia num sítio sem vista não sei qual seria o interesse dessa ferrovia", declarou.
Independentemente da solução que vier a ser adoptada, "seja ferroviária, rodoviário, fluvial que seja teleférico, a única [questão] que é importante" para o presidente da EDP, "é que as pessoas tenham as condições de transporte".
"A solução final deve ser o menos dogmática possível, a única coisa que ela tem que fazer em última instância é defender os interesses das pessoas que lá vivem e não necessariamente das pessoas que pensam nos interesses dos que lá vivem sem saberem exactamente quais são", disse.
António Mexia falava durante uma visita às obras da barragem do Baixo Sabor, em que acompanhou o primeiro-ministro, José Sócrates, que não se pronunciou sobre a questão do Tua.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, disse, em Agosto, depois do último acidente na linha do Tua, que teria de ser apresentada uma alternativa ferroviária para o troço que ficará submerso com a barragem.
HFI.
Lusa/fim
17 de Fevereiro de 2009, 14:49
Torre de Moncorvo, Bragança, 17 Fev (Lusa) - O presidente da EDP, António Mexia, questionou hoje o interesse de uma alternativa ferroviária à linha do Tua por entender que, com a construção da barragem, a ferrovia perde o seu principal atractivo que é a paisagem.
A discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental da barragem de Foz Tua termina quarta-feira, marcada pelo dilema entre a barragem e a linha do Tua, que perderá os últimos quilómetros independentemente da cota que vier a ser aprovada para o empreendimento hidroeléctrico.
Os últimos quilómetros da linha do Tua são os que mais atraem os milhares de turistas que procuram esta linha, pela singularidade da paisagem, que a colocou entre as vias estreitas mais belas do mundo.
A EDP, concessionária da barragem, ainda não avançou com uma alternativa e o presidente da empresa, António Mexia, disse hoje que não vai fazê-lo sem antes analisar os resultados da consulta pública e da auscultação que está a fazer no terreno a autoridades e população local.
António Mexia justificou o "silêncio" da EDP sobre o assunto por entender que não compete à empresa dizer qual é a solução, que só será determinada em conjunto com as forças locais e da análise das opiniões.
Ainda assim, o presidente da EDP questiona o interesse em construir uma ferrovia alternativa à que ficar submersa.
"O que esta ferrovia tem é a vista (paisagem), se puserem uma ferrovia num sítio sem vista não sei qual seria o interesse dessa ferrovia", declarou.
Independentemente da solução que vier a ser adoptada, "seja ferroviária, rodoviário, fluvial que seja teleférico, a única [questão] que é importante" para o presidente da EDP, "é que as pessoas tenham as condições de transporte".
"A solução final deve ser o menos dogmática possível, a única coisa que ela tem que fazer em última instância é defender os interesses das pessoas que lá vivem e não necessariamente das pessoas que pensam nos interesses dos que lá vivem sem saberem exactamente quais são", disse.
António Mexia falava durante uma visita às obras da barragem do Baixo Sabor, em que acompanhou o primeiro-ministro, José Sócrates, que não se pronunciou sobre a questão do Tua.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, disse, em Agosto, depois do último acidente na linha do Tua, que teria de ser apresentada uma alternativa ferroviária para o troço que ficará submerso com a barragem.
HFI.
Lusa/fim
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