terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Família portuguesa afectada pelos incêndios na Austrália

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=125785

«Segunda-feira de manhã tive conhecimento de que havia uma família portuguesa no centro comunitário. Estão todos bem e a serem tratados pelas estruturas locais de assistência, que estão muito bem organizadas», explicou Carlos Lemos à agência Lusa.
O cônsul honorário em Melburne adiantou que ainda está a «tentar entrar em contacto com a família», já que até o momento «não foi possível obter o número» dos seus elementos.
«Estou a tentar obter o telefone para poder entrar em contacto com eles», disse, lembrando que as «ligações estão difíceis, uma vez que há muitas linhas cortadas e muitos telemóveis que não funcionam devido aos incêndios».
Segundo Carlos Lemos, esta família e outro homem de nacionalidade portuguesa são «os únicos cidadãos nacionais que até o momento foram afectados pelos incêndios». «Estão salvos e estão a ser bem tratados. Em Portugal, parece que ainda não se percebeu que não são os consulados a darem esse tipo de assistência física. Isto não é um país do Terceiro Mundo, as estruturas de assistência aqui funcionam muito bem», sublinhou o cônsul.
Sobre como vê a situação actual, Carlos Lemos, que há mais de 20 anos excerce o cargo naquele país, lembrou que «todos os anos» há incêndios nestas zonas «muito secas» da Austrália.
«Este é o mais trágico e o mais violento que houve até agora, e que até ao momento não tem sido fácil de controlar», afirmou, lembrando que as «zonas afectadas não eram altamente povoadas».
«Ainda há umas frentes de incêndio activas. Mas as temperaturas baixaram hoje [terça-feira]e não se comparam com os 48 graus centígrados que se fizeram sentir no fim-de-semana, pelo que agora já será mais fácil controlar a situação», considerou.
Segundo o cônsul honorário, «muitas» das vítimas mortais «não morreram em casa, morreram carbonizadas na estradas dentro dos seus carros quando tentavam fugir». Fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas adiantou segunda-feira à Lusa que até o momento «nenhum cidadão português pediu qualquer apoio às autoridades portuguesas ou australianas».

Lusa/SOL


Seja nos Estados Unidos, seja na Austrália, os CENTROS COMUNITÁRIOS constituem um dos pilares base da sociedade civil.
E as coisas funcionam, sem se estar à espera da atitude política pontualizada.
Porque é que os Centros Comunitários, que já cá existem também há vários anos, não têm esta capacidade interventiva, e não se encontram assim tão disseminados?

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