http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9334034.html
16 de Fevereiro de 2009, 14:07
Coimbra, 16 Fev (Lusa) - Os trabalhadores da Direcção Regional de Economia do Centro (DRE-Centro) fizeram hoje greve e manifestaram-se na rua em protesto pela anunciada transferência da sede de serviços de Coimbra para Aveiro.
A concentração e greve dos cerca de 80 trabalhadores que integram os serviços decorreu durante a manhã de hoje no exterior do edifício-sede, na tentativa de impedir a concretização da anunciada transferência, apontada para o final do corrente mês.
"Não há qualquer justificação, nem em números, nem em termos geográficos", sublinhou Marli Antunes, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro, aludindo à reduzida actividade dos serviços a partir de iniciativas de Aveiro, e à sua desconcentração no seio da Região Centro.
No seu entendimento, "é com surpresa" a que se assiste a esta decisão do Governo, pois a DRE-Centro "está bem onde está", uma opinião corroborada no local pelos presidentes das câmaras de Coimbra e Batalha, respectivamente Carlos Encarnação e António Lucas, bem como pela vereadora da autarquia de Leiria, Neusa Magalhães.
"O que está a acontecer é uma coisa perfeitamente inimaginável. É irracional e impossível de ser explicada", sublinhou, em apoio aos manifestantes, Carlos Encarnação, dizendo ser "o país que perde" com esta transferência, pelos custos que estão associados.
Também António Lucas aludiu aos contratempos e aos custos que implicam a transferência para Aveiro, frisando haver uma duplicação da quilometragem para os empresários do seu município, e a obrigatoriedade de se deslocarem a Coimbra para obterem o licenciamento ambiental, e a Aveiro para o industrial.
"Parece que foi um compromisso eleitoral. É uma decisão perfeitamente absurda", sustentou Mari Antunes, realçando que uma parte do distrito de Aveiro integra já a Direcção Regional de Economia do Norte.
Por outro lado, considera que o "Estado está a dar um mau exemplo" num momento de contenção e de crise, devido aos encargos com a transferência, estimados em 500 mil euros, e também por ser obrigado em Aveiro a arrendar instalações quando em Coimbra ocupa um edifício próprio, edificado há cerca de 15 anos para acolher os serviços.
Marli Antunes acredita que, com a luta dos trabalhadores, será possível impedir esta decisão, que obriga a custos acrescidos com a deslocação diária para Aveiro, uma situação agravada pelos "salários baixos" praticados.
Segundo dados apresentados na concentração, o distrito de Aveiro apenas contribui com 25 por cento para as actividades da Direcção Regional de Economia do Centro.
FF.
Lusa/fim
16 de Fevereiro de 2009, 14:07
Coimbra, 16 Fev (Lusa) - Os trabalhadores da Direcção Regional de Economia do Centro (DRE-Centro) fizeram hoje greve e manifestaram-se na rua em protesto pela anunciada transferência da sede de serviços de Coimbra para Aveiro.
A concentração e greve dos cerca de 80 trabalhadores que integram os serviços decorreu durante a manhã de hoje no exterior do edifício-sede, na tentativa de impedir a concretização da anunciada transferência, apontada para o final do corrente mês.
"Não há qualquer justificação, nem em números, nem em termos geográficos", sublinhou Marli Antunes, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro, aludindo à reduzida actividade dos serviços a partir de iniciativas de Aveiro, e à sua desconcentração no seio da Região Centro.
No seu entendimento, "é com surpresa" a que se assiste a esta decisão do Governo, pois a DRE-Centro "está bem onde está", uma opinião corroborada no local pelos presidentes das câmaras de Coimbra e Batalha, respectivamente Carlos Encarnação e António Lucas, bem como pela vereadora da autarquia de Leiria, Neusa Magalhães.
"O que está a acontecer é uma coisa perfeitamente inimaginável. É irracional e impossível de ser explicada", sublinhou, em apoio aos manifestantes, Carlos Encarnação, dizendo ser "o país que perde" com esta transferência, pelos custos que estão associados.
Também António Lucas aludiu aos contratempos e aos custos que implicam a transferência para Aveiro, frisando haver uma duplicação da quilometragem para os empresários do seu município, e a obrigatoriedade de se deslocarem a Coimbra para obterem o licenciamento ambiental, e a Aveiro para o industrial.
"Parece que foi um compromisso eleitoral. É uma decisão perfeitamente absurda", sustentou Mari Antunes, realçando que uma parte do distrito de Aveiro integra já a Direcção Regional de Economia do Norte.
Por outro lado, considera que o "Estado está a dar um mau exemplo" num momento de contenção e de crise, devido aos encargos com a transferência, estimados em 500 mil euros, e também por ser obrigado em Aveiro a arrendar instalações quando em Coimbra ocupa um edifício próprio, edificado há cerca de 15 anos para acolher os serviços.
Marli Antunes acredita que, com a luta dos trabalhadores, será possível impedir esta decisão, que obriga a custos acrescidos com a deslocação diária para Aveiro, uma situação agravada pelos "salários baixos" praticados.
Segundo dados apresentados na concentração, o distrito de Aveiro apenas contribui com 25 por cento para as actividades da Direcção Regional de Economia do Centro.
FF.
Lusa/fim
Sem comentários:
Enviar um comentário