sexta-feira, 27 de março de 2009

Lisboa desliga as luzes pelo planeta

(http://noticias.sapo.pt/info/artigo/986491.html)
27 de Março de 2009, 11:44

Quando o relógio bater as 20H30 do dia 28 de Março os geradores a diesel das ilhas Chatham, na Nova Zelândia, vão ser desligados, marcando o início de um movimento comunitário à escala mundial: a Hora do Planeta 2009. Quem quiser participar neste momento simbólico só tem de desligar o interruptor.

Em Lisboa, o Cristo-Rei assim como a Ponte 25 de Abril, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão das Descobertas, o Castelo de São Jorge, os Paços do Concelho e o Museu da Electricidade vão ficar apenas iluminados pela luz das estrelas. O Centro Cultural de Belém (CCB) vai desligar as luzes durante 15 minutos. O Ikea vai desligar as luzes exteriores durante uma hora e a Coca-Cola irá apagar todos os outdoors entre as 20h30 e as 21h30.

Em Tomar vão ficar às escuras o Convento de Cristo, a Ponte do Flecheiro, a Igreja da Nossa Senhora da Conceição e o edifício da Câmara Municipal. Em Águeda, para além dos Paços do Concelho, o desligar das luzes estende-se às Piscinas Municipais, ao Mercado Municipal e ao Fórum Municipal da Juventude. Mosteiro de Landim, Casa das Artes, Museu Bernardino Machado e Casa de Camilo são os monumentos aderentes em Vila Nova de Famalicão.

A iniciativa Hora do Planeta pretende fomentar a sensibilidade mundial sobre o futuro do Planeta e a incentivar à realização de outras pequenas acções que podem marcar uma grande diferença, como por exemplo: usar lâmpadas de baixo consumo, desligar o ar-condicionado e preparar uma festa ou jantar à luz de velas com amigos e família.

A WWF, entidade responsável pela iniciativa, pretende que esta acção simbólica seja mobilizadora, a nível individual, de uma mudança de hábitos e de uma tomada de consciência permanente de que é necessário travar o aquecimento global. A nível mundial, pretende ser uma chamada de atenção aos Governos para que assumam a sua responsabilidade na criação e manutenção de políticas mitigadoras das alterações climáticas.

Dicas para reduzir o consumo de energia e combater as alterações climáticas:

Em casa:

- Use a máquina de lavar roupa na capacidade máxima, optando pela lavagem em água fria. Poupará energia e a roupa durará mais tempo;

- Prefira lâmpadas de baixo consumo. Estas utilizam menos 80% de energia e duram até oito vezes mais que as lâmpadas comuns.

- Na altura de comprar um electrodoméstico, certifique-se do nível de energia e água que despende, optando por electrodomésticos classificados com a Categoria A;

- Descongele o congelador antes que a camada de gelo atinja mais de 3 mm de espessura: conseguirá atingir poupanças energéticas até 30%. Ajuste o termóstato do frigorífico a uma temperatura de 6ºC e do congelador a 18ºC;

- Sempre que escove os dentes ou se ensaboe no duche, feche a torneira.

No trabalho:

- Desligue o monitor do computador durante a pausa para refeição. Poderá programar para que se desligue automaticamente (basta que procure esta facilidade nas opções de protecção de ecrã). Não deixe o equipamento ligado no final de cada dia de trabalho;

- Utilize equipamentos de baixo consumo energético;

- Apague as luzes ao sair do escritório. Não acenda luzes que não são necessárias, procure aproveitar a luz natural o máximo possível;

- Recicle e reutilize o papel. Procure imprimir e fotocopiar em ambos os lados das folhas.

Nas deslocações:

- Prefira a bicicleta. Não só fará mais exercício, como ajudará na redução das emissões de Dióxido de Carbono. Opte pelo uso de transportes públicos em vez do seu automóvel, sempre que possível;

- Partilhe o seu transporte com familiares, amigos ou vizinhos, se o automóvel tiver mesmo de ser o seu meio de deslocação de eleição;

- Desligue o motor sempre que estiver parado por mais de 30 segundos;

- Verifique a pressão dos pneus, já que uma diferença, mesmo que mínima, quanto aos valores da pressão correcta pode significar um aumento de combustível na ordem dos 5%

Atitudes menos consumistas:

- Recicle, reutilize e repare. Acções deste tipo reduzem o consumo e, por conseguinte, a produção de CO2 proveniente da produção industrial;

- Partilhe as subscrições de revistas e jornais com amigos e familiares. Depois de lê-los, utilize-os para limpar espelhos ou recicle-os;

- Quando for ao supermercado, leve os seus próprios sacos e eleja verduras e frutas sem invólucros plásticos, vidro ou papel, de preferência de produção local.
Rita Afonso@ e WWF



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1184427
JN: 3 mil cidades no mundo apagam a luz por 1 hora

Três mil cidades em todo o mundo, das quais sete portuguesas, deverão ficar às escuras entre as 20:30 e as 21:30 deste sábado, num alerta para a necessidade de medidas urgentes para combater as alterações climáticas.

A responsável pela comunicação da WWF-Portugal, Ângela Morgado, explicou que a acção é "simbólica e pretende alertar as pessoas para a necessidade de, na sua vida quotidiana, pensarem na pressão que exercem sobre o planeta, e reduzirem a sua 'pegada' ecológica".

À iniciativa mundial deste ano aderiram 3.000 cidades de 81 países, o que, segundo estimativas da WWF, vai levar mil milhões de pessoas no mundo a apagarem as luzes durante uma hora.

Em Portugal, onde aderiram as cidades de Lisboa, Tomar, Águeda, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Almeirim e Guimarães, a organização estima a adesão de 500 mil pessoas.

É a primeira vez que Portugal se junta à Hora do Planeta, no terceiro ano da iniciativa, que se iniciou em 2007 em Sidney, Austrália.

A mensagem ambiental pode, porém, ser "perturbadora da segurança da rede" e "provocar instabilidade de transporte da energia eléctrica a nível europeu", alertou o presidente da empresa que gere as redes de transporte de electricidade em Portugal (REN).

José Penedos disse que "teoricamente, se houver uma grande adesão, poderá haver alguma perturbação da rede" em Portugal, mas ressalvou que a empresa "está preparada".

A organização garante não ter sido alertada para eventuais problemas e quando a iniciativa foi lançada "houve um contacto com a EDP", que garantiu que "haveria um ajuste de rede" e que o consumo menor na noite da acção "seria controlado".

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