2009-04-15
Portugal dispõe de condições naturais, geográficas e humanas únicas. Se bem governado, seria desenvolvido e rico. O país tem território e tem gente, ambiciosa e trabalhadora. O ambiente social é o melhor da Europa, os níveis de segurança são invejáveis, a integração dos trabalhadores estrangeiros é pacífica. E, no entanto, a estrutura produtiva está obsoleta, objectivos estratégicos não há, o estado asfixia a economia.
A localização geoestratégica deste triângulo desenhado por Portugal continental, Açores e Madeira, ao qual acresce a zona económica exclusiva, concede-nos a prerrogativa de detentores de meio Atlântico. Poderíamos ser a plataforma de ligação comercial da Europa ao Mundo. Mas sem o mínimo de organização nos transportes, nas vias de comunicação marítimas, ferroviárias e terrestres, o resultado é penoso.
Temos um clima fabuloso, somos o refúgio temperado da Europa. Contudo, os portugueses tiritam de frio no Inverno, porque vivem em casas mal construídas e energeticamente ineficientes. E o turismo, apesar dos progressos, é ainda sazonal e localizado.
Os terrenos e o clima são propícios ao desenvolvimento de agricultura, pecuária e silvicultura de eleição. Mas o mundo rural está ao completo abandono, salvo a honrosa excepção que é a produção vitivinícola. O património histórico e cultural único, próprio do mais antigo país europeu, não é rentabilizado ou sequer usufruído.
Por último, possuímos essa condição de "povo de diáspora, arauto da unidade humana". Só que os quase cinco milhões de emigrantes e luso-descendentes espalhados pelo Mundo são desprezados pelas autoridades. Nem condição eleitoral lhes conferem. Em tantos milhões, votaram nas últimas eleições presidencias... 18 mil.
Quanta oportunidade perdida por falta de organização adequada do país, e em particular do Estado! E organização num estado designa-se de política: entregue a uma classe dirigente incapaz, inculta e degradada, Portugal está condenado ao subdesenvolvimento. Com outro enquadramento, outras regras, outro tipo de governação e políticos de qualidade, superar-nos-íamos. Se dúvidas houvesse, bastaria observar que são estes mesmos portugueses que constituem 25% da população activa do Luxemburgo, fazendo deste o país mais rico da Europa.
Os vindouros não nos perdoarão se mantivermos este lodaçal. Urge mudar o paradigma desta grande nação de quase 15 milhões de pessoas. É preciso vergonha na cara. E vergonha na pátria.
Portugal dispõe de condições naturais, geográficas e humanas únicas. Se bem governado, seria desenvolvido e rico. O país tem território e tem gente, ambiciosa e trabalhadora. O ambiente social é o melhor da Europa, os níveis de segurança são invejáveis, a integração dos trabalhadores estrangeiros é pacífica. E, no entanto, a estrutura produtiva está obsoleta, objectivos estratégicos não há, o estado asfixia a economia.
A localização geoestratégica deste triângulo desenhado por Portugal continental, Açores e Madeira, ao qual acresce a zona económica exclusiva, concede-nos a prerrogativa de detentores de meio Atlântico. Poderíamos ser a plataforma de ligação comercial da Europa ao Mundo. Mas sem o mínimo de organização nos transportes, nas vias de comunicação marítimas, ferroviárias e terrestres, o resultado é penoso.
Temos um clima fabuloso, somos o refúgio temperado da Europa. Contudo, os portugueses tiritam de frio no Inverno, porque vivem em casas mal construídas e energeticamente ineficientes. E o turismo, apesar dos progressos, é ainda sazonal e localizado.
Os terrenos e o clima são propícios ao desenvolvimento de agricultura, pecuária e silvicultura de eleição. Mas o mundo rural está ao completo abandono, salvo a honrosa excepção que é a produção vitivinícola. O património histórico e cultural único, próprio do mais antigo país europeu, não é rentabilizado ou sequer usufruído.
Por último, possuímos essa condição de "povo de diáspora, arauto da unidade humana". Só que os quase cinco milhões de emigrantes e luso-descendentes espalhados pelo Mundo são desprezados pelas autoridades. Nem condição eleitoral lhes conferem. Em tantos milhões, votaram nas últimas eleições presidencias... 18 mil.
Quanta oportunidade perdida por falta de organização adequada do país, e em particular do Estado! E organização num estado designa-se de política: entregue a uma classe dirigente incapaz, inculta e degradada, Portugal está condenado ao subdesenvolvimento. Com outro enquadramento, outras regras, outro tipo de governação e políticos de qualidade, superar-nos-íamos. Se dúvidas houvesse, bastaria observar que são estes mesmos portugueses que constituem 25% da população activa do Luxemburgo, fazendo deste o país mais rico da Europa.
Os vindouros não nos perdoarão se mantivermos este lodaçal. Urge mudar o paradigma desta grande nação de quase 15 milhões de pessoas. É preciso vergonha na cara. E vergonha na pátria.
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