JN, 2009.04.13
Nem a Junta Metropolitana nem o Governo leram bem o relatório e contas da "Metro do Porto" que aliás aprovaram. Ou talvez estejam apenas a assobiar para o ar, esperando que ninguém repare como conduziram o metro do Porto à falência técnica.
No momento em que se anima a malta para enterrar a linha do Campo Alegre, o essencial é perceber se nessa altura ainda existirá empresa ou se terá condições financeiras para concluir os projectos da 2ª fase…
As razões que levaram o metro do Porto ao vermelho, com uma situação líquida negativa de 68,7 M€, não se superam com o simples aumento do capital da empresa. Se não terminar a discriminação com que os governos têm sempre tratado o metro do Porto, o espectro da falência regressará sempre.
Investiram-se 2236 M€ na rede mas o Orçamento do Estado, em doze anos, "só entrou" com 136,8 M€, 6,12% do total!
Esperava-se uma comparticipação a fundo perdido (Estado e fundos comunitários) de 43,9% do valor a investir, acabou em 26,2%, um rombo de 40% no financiamento público!
Quanto às indemnizações compensatórias devidas pelo serviço público que presta, o Governo PS entregou em 2008, 11,7 dos 246 M€ orçamentados!
Face ao garrote financeiro dos governos, a rede do metro do Porto foi construída quase integralmente pelo recurso ao crédito. Opção insustentável, não espantando que o endividamento a médio e longo prazo atinja em 2008 mais de 1900 milhões de euros!
Com o tempo torna-se assim mais clara a intenção do Governo PS: manter o subfinanciamento público, (basta ver o PIDDAC/09 e o QREN para confirmar), indemnizar indigentemente o serviço público, permitir a continuada degradação financeira da empresa, justificar, no tempo certo, aumentos dos bilhetes para melhor viabilizar desde já a concessão a grupos privados, no longo prazo a privatização da empresa.
Afinal, é a cartilha neoliberal com que Sócrates acusa a Direita em vésperas eleitorais…
honorio.novo@sapo.pt
Nem a Junta Metropolitana nem o Governo leram bem o relatório e contas da "Metro do Porto" que aliás aprovaram. Ou talvez estejam apenas a assobiar para o ar, esperando que ninguém repare como conduziram o metro do Porto à falência técnica.
No momento em que se anima a malta para enterrar a linha do Campo Alegre, o essencial é perceber se nessa altura ainda existirá empresa ou se terá condições financeiras para concluir os projectos da 2ª fase…
As razões que levaram o metro do Porto ao vermelho, com uma situação líquida negativa de 68,7 M€, não se superam com o simples aumento do capital da empresa. Se não terminar a discriminação com que os governos têm sempre tratado o metro do Porto, o espectro da falência regressará sempre.
Investiram-se 2236 M€ na rede mas o Orçamento do Estado, em doze anos, "só entrou" com 136,8 M€, 6,12% do total!
Esperava-se uma comparticipação a fundo perdido (Estado e fundos comunitários) de 43,9% do valor a investir, acabou em 26,2%, um rombo de 40% no financiamento público!
Quanto às indemnizações compensatórias devidas pelo serviço público que presta, o Governo PS entregou em 2008, 11,7 dos 246 M€ orçamentados!
Face ao garrote financeiro dos governos, a rede do metro do Porto foi construída quase integralmente pelo recurso ao crédito. Opção insustentável, não espantando que o endividamento a médio e longo prazo atinja em 2008 mais de 1900 milhões de euros!
Com o tempo torna-se assim mais clara a intenção do Governo PS: manter o subfinanciamento público, (basta ver o PIDDAC/09 e o QREN para confirmar), indemnizar indigentemente o serviço público, permitir a continuada degradação financeira da empresa, justificar, no tempo certo, aumentos dos bilhetes para melhor viabilizar desde já a concessão a grupos privados, no longo prazo a privatização da empresa.
Afinal, é a cartilha neoliberal com que Sócrates acusa a Direita em vésperas eleitorais…
honorio.novo@sapo.pt
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