domingo, 26 de abril de 2009

EUA preparados para o pior com a expansão do vírus da gripe suína


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1212516
JN - 2009.04.25
"Temos de estar preparados para o pior". A directora dos Centros de Control e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos declarou que a expansão do novo vírus da gripe suína é "muito grave".
A Organização Mundial de Saúde classificou já a epidemia do novo vírus da gripe suína com internacional. Nos EUA e México já se registaram 60 mortes e as autoridades pediram a quem se sinta doente para não sair de casa.
O novo vírus da gripe suína já não pode ser contido, admitiram as autoridades sanitárias norte-americanas, alertando para o surgimento de novos casos da doença.
"Com tantas infecções registadas em várias comunidades, já não achamos possível conter" a epidemia, avançou Anne Schuchat, da direcção do Centro norte-americano para o Controlo e Prevenção das Doenças (CDC), numa conferência de imprensa telefónica.
"Não estamos em condições de manter o vírus num só local. Agora que temos uma visão mais alargada, acredito que vamos ter mais" casos, acrescentou. As autoridades sanitárias norte-americanas anunciaram sexta-feira ter diagnosticado o oitavo caso humano de gripe suína numa criança da Califórnia (oeste dos Estados Unidos).
O vírus da gripe suína, que já causou a morte a 60 pessoas no México e nos EUA, tem "claramente um potencial pandémico", advetiu a Organização Mundial da Saúde.
A direcção-geral de Saúde (DGS) recomendou que todos os casos de gripe suspeitos sejam confirmados em laboratório. "Todos os casos de síndroma gripal suspeitos têm de ser confirmados laboratorialmente", devendo os médicos contactar o Instituto Ricardo Jorge, refere a DGS em comunicado dirigido aos médicos.
"A definição de caso suspeito para fins de notificação imediata assenta, nesta fase, em critérios clínicos e epidemiológicos, designadamente infecção respiratória de início agudo, com febre alta, em doente com contexto epidemiológico (proveniente de zona afectada nos últimos 10 dias ou contacto próximo com pessoa doente com quadro gripal proveniente de zona afectada)", acrescenta o comunicado.
Perante estes doentes, a DGS recomenda também que "devem ser observadas medidas de protecção individual" nos serviços de saúde.
A DGS reafirma que "não há, até ao momento, conhecimento de casos em Portugal", adiantando que "foram accionados os dispositivos previstos para este tipo de situações em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge".

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