O Sol, 2009.04.28
As alterações climáticas poderão tornar-se a «principal causa de deslocação de refugiados» no mundo, fazendo com que cerca de 250 milhões de pessoas sejam obrigadas a deixar os seus países até 2050, alertou hoje uma especialista portuguesa
As alterações climáticas poderão tornar-se a «principal causa de deslocação de refugiados» no mundo, fazendo com que cerca de 250 milhões de pessoas sejam obrigadas a deixar os seus países até 2050, alertou hoje uma especialista portuguesa
«O fenómeno das alterações climáticas poderá tornar-se, nos próximos anos, a principal causa de deslocação de refugiados no mundo, ultrapassando mesmo os conflitos armados, as perseguições e os atropelos aos direitos humanos» , afirmou a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais.
Em declarações à agência Lusa após a conferência Refugiados ambientais: a dimensão humana das alterações climáticas, que hoje decorreu em Lisboa, no âmbito da segunda edição de ‘Os Dias do Desenvolvimento’, Teresa Tito de Morais salientou a necessidade de se serem desenvolvidos «maiores esforços globais para ajudar os países mais pobres a adaptarem-se às consequências do fenómeno climático».
A presidente do CPR lembrou que estimativas recentes da ONU prevêem que cerca de 250 milhões de pessoas sejam forçadas a deixar os seus locais de origem até 2050 por causa dos efeitos ambientais que as alterações climáticas acarretam.
Um número que, quando dividido por ano, salientou, significa «algo como seis milhões de pessoas em movimento».
«É uma situação extremamente preocupante. Os efeitos climáticos fazem-se sentir de forma cada vez mais célere, pelo que urge que a comunidade internacional tome medidas rápidas» , frisou Teresa Tito de Morais, lembrando que o número de deslocados internos (dentro dos próprios países) devido ao clima também já aumentou.
É também fundamental que organismos como o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), liderado pelo antigo primeiro-ministro português António Guterres, estudem esta nova realidade e «encontrem soluções de prevenção para evitar o agravamento desta situação», defendeu.
Em finais de 2007, só o ACNUR tinha sob sua jurisdição cerca de 11,4 milhões de refugiados. A esse número somam-se 4,6 milhões de refugiados palestinianos, 26 milhões de deslocados internos devido a conflitos e 25 milhões devido a catástrofes naturais.
No encontro, organizado pelo CPR, participaram Adérito Vicente Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia, e Henrique Vicêncio, chefe do Núcleo de Gestão de Ordenamento Territorial da Autoridade Nacional de Protecção Civil, entre outros.
Tal como em 2008, Os Dias do Desenvolvimento, que terminam quarta-feira, são promovidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em colaboração com o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), a que se associa este ano o Ministério do Ambiente, dada a temática do evento.
Lusa / SOL
Em declarações à agência Lusa após a conferência Refugiados ambientais: a dimensão humana das alterações climáticas, que hoje decorreu em Lisboa, no âmbito da segunda edição de ‘Os Dias do Desenvolvimento’, Teresa Tito de Morais salientou a necessidade de se serem desenvolvidos «maiores esforços globais para ajudar os países mais pobres a adaptarem-se às consequências do fenómeno climático».
A presidente do CPR lembrou que estimativas recentes da ONU prevêem que cerca de 250 milhões de pessoas sejam forçadas a deixar os seus locais de origem até 2050 por causa dos efeitos ambientais que as alterações climáticas acarretam.
Um número que, quando dividido por ano, salientou, significa «algo como seis milhões de pessoas em movimento».
«É uma situação extremamente preocupante. Os efeitos climáticos fazem-se sentir de forma cada vez mais célere, pelo que urge que a comunidade internacional tome medidas rápidas» , frisou Teresa Tito de Morais, lembrando que o número de deslocados internos (dentro dos próprios países) devido ao clima também já aumentou.
É também fundamental que organismos como o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), liderado pelo antigo primeiro-ministro português António Guterres, estudem esta nova realidade e «encontrem soluções de prevenção para evitar o agravamento desta situação», defendeu.
Em finais de 2007, só o ACNUR tinha sob sua jurisdição cerca de 11,4 milhões de refugiados. A esse número somam-se 4,6 milhões de refugiados palestinianos, 26 milhões de deslocados internos devido a conflitos e 25 milhões devido a catástrofes naturais.
No encontro, organizado pelo CPR, participaram Adérito Vicente Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia, e Henrique Vicêncio, chefe do Núcleo de Gestão de Ordenamento Territorial da Autoridade Nacional de Protecção Civil, entre outros.
Tal como em 2008, Os Dias do Desenvolvimento, que terminam quarta-feira, são promovidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em colaboração com o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), a que se associa este ano o Ministério do Ambiente, dada a temática do evento.
Lusa / SOL
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