segunda-feira, 13 de abril de 2009

Portal EcoDebate: As crises econômica e climática se sobrepõem

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A novidade crucial desta quadra histórica é que nos confrontamos com diversas crises –financeira, econômica, energética, alimentar e climática – que necessitam ser enfrentadas simultaneamente. E isso nos coloca diante de uma crise civilizacional. De certa forma, tudo está em suspenso, é questionado e necessitado de reorientação ou mudança. O pensamento complexo questiona a lógica sequencial e analítica subjacente à modernidade e que alavancou a sociedade industrial. Hoje, já não podemos mais pensar em resolver primeiro a crise econômica para depois nos ocupar do aquecimento global.
O novo desenvolvimento econômico já não pode ser feito contra a natureza. Pois, como diz o ecologista norte-americano Barry Commoner, faz-se necessário “mudar o motor do desenvolvimento, fazendo-o funcionar em sintonia com o meio ambiente”. E acrescenta: “Sem recuperar o meio ambiente, não se salva a economia; sem recuperar a economia, não se salva o meio ambiente”.
Há, por conseguinte, uma crescente tomada de consciente que procura relacionar as crises econômica e climática. “A crise financeira, por pior que seja, é uma crise reversível. Já passamos por isso no passado e, mesmo que seja terrível, a economia acaba se recuperando”, lembra o físico José Goldemberg. “Mas se o clima mudar mesmo, como está acontecendo, a mudança é irreversível”, garante, apontando a diferença entre as duas crises.
“A crise climática é tão real quanto a crise econômica e certamente será muito mais longa. Não há tempo a perder. Salvar o Planeta é agora ou agora”, assevera Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil. Por via transversa - uma assustadora crise econômica global - a economia finalmente se aproximou de temas ambientais. Há riscos enormes e decisões difíceis pela frente.
“Já deveria estar bem claro que as crises climáticas e financeiras estão intrinsecamente ligadas e tentar resolver uma e deixar a outra para depois não tem como dar certo”, lembra David Norman, diretor da Ong WWF.
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