quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Largo do Rato: Técnicos e responsáveis autárquicos divergem quanto ao Plano de Pormenor

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/10288941.html
Lisboa, 29 Out (Lusa) - Os técnicos e responsáveis pelos departamentos da Câmara de Lisboa por onde passou o processo do polémico edifício projectado para o Largo do Rato divergem quanto à obrigatoriedade de plano de pormenor e deram pareceres contrários.
De acordo com o histórico do processo na autarquia, feito no relatório do grupo de trabalho nomeado para reanalisar os casos urbanísticos apontados pela sindicância, o caso teve início em 27 de Janeiro de 2005, com um pedido de licenciamento para obra de construção.
A exigência de um plano de nível inferior (pormenor ou urbanístico) foi uma marca dos pareceres dos responsáveis pelo Departamento de Gestão Urbanística/Divisão Gestão Zona Sul e das informações técnicas elaboradas.
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Comentário na Lusa:
Especulação Imobiliártia e Pouca Vergonha...
Neste país não fazemos respeitar o património urbano, nem a sua escala. É inadmissível permitir construir naquele local um "pirolito" como se estivessemos numa zona nova da cidade. Não estamos. Estamos no Largo do Rato, que precisa de "reabilitação urbana". Não de especulação imobiliária como se se tratasse de Odivelas ou Amadora. Onde estão as entidades oficiais a defender o interesse público a que estão obrigadas? Onde está o Instituto Português do Património Arquitectónico? Onde está a Ordem dos Arquitectos? E a Ordem dos Engenheiros? O património urbano é de todos nós. Valorizar esse património tem vantagens para toda a sociedade e não apenas para os bolsos dos especuladores imobiliários que querem fazer de Lisboa apenas a sua coutada... Aquele projecto não respeita parâmetros técnicos, nem éticos, nem tem idoneidade para com a envolvente, sendo a porta de entrada do Bairro Alto e da Baixa Bombalina. Estourar com a escala do Rato é abrir a porta ao descalabro de toda a Baixa.

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