terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dia da 3.ª Idade: Idosos devem fazer o que os outros fazem: ter amigos e cuidar da saúde

Porto, 27 Out (Lusa) - Não há poções mágicas para um envelhecimento activo e de qualidade, o segredo é fazer o que deve ser feito durante toda a vida: manter amigos e relações afectivas fortes, participar na vida social, fazer exercício físico e mental, comer de forma saudável, cuidar da saúde.
As sugestões surgem a propósito do Dia Mundial da Terceira Idade, que se assinala quarta-feira, e são da autoria de Constança Paúl, coordenadora da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos, sediada no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto.
"O que os idosos devem fazer para ter um envelhecimento activo não é muito diferente do que é válido para qualquer pessoa", assegura a professora responsável pelo Projecto DIA (Da Incapacidade à Actividade), que pretende operacionalizar, em Portugal, o conceito de Envelhecimento Activo definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Dia da 3.ª idade: Lares bloqueiam a capacidade de decisão dos mais velhos, incentivando o declínio, especialista
27 de Outubro de 2009, 07:07
Porto, 27 Out (Lusa) - Para terem um envelhecimento activo, os idosos não devem abdicar da capacidade de decisão e, para isso, a institucionalização não é o melhor caminho, alerta a investigadora Constança Paúl, que defende "mais e melhor" apoio domiciliário.
"É fundamental que as pessoas não abdiquem do seu direito decidir. Fazer tudo pelos idosos é extremamente negativo, porque estamos a colocá-los numa posição de passividade e desuso das suas capacidades, incentivando o declínio", afirmou à Lusa a especialista em envelhecimento activo, a propósito do Dia Mundial da Terceira Idade, que se assinala quarta-feira.
Quando os idosos são colocados em lares, deixam de ter opinião sobre as mais diversas matérias (da ementa das refeições à forma como ocupam o tempo) e isso "impede que se mantenham activos", esclarece a coordenadora da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos.
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Dia da 3.ª Idade: Cerca de 15% da população desenvolve um primeiro episódio depressivo depois dos 65 anos
27 de Outubro de 2009, 07:07
Lisboa, 27 Out (Lusa) - Cerca de 15 por cento da população desenvolve um primeiro episódio depressivo depois dos 65 anos. A depressão nos idosos não é tão prevalente como nos adultos jovens, mas as consequências são mais graves, alertou a psiquiatra Luísa Figueira.
A vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, que falava à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Terceira Idade, que se assinala quarta-feira, adiantou que a depressão tem aumentado em todas as faixas etárias, afectando cerca de 20 por cento da população portuguesa.
Na terceira idade "não é tão prevalente como na idade adulta média". "Dez a 15 por cento das pessoas desenvolve uma depressão, pela primeira vez, a partir dos 65 anos", afirmou.

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