quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"Todos pela Liberdade"

O Sol - 2010.02.11
A petição online lançada na segunda-feira, requerendo explicações a José Sócrates sobre as alegadas interferências, conta já com cerca de 9 mil assinaturas e vai ser entregue ao presidente da Assembleia da República esta tarde.
Jaime Gama não irá receber hoje o movimento, mas manifestou disponibilidade para realizar uma audiência numa data próxima, disse Ana Margarida Craveiro, da organização e bloguer do 'Delito de Opinião'.
A ideia para criar o movimento e a petição ‘Todos pela Liberdade’ surgiu precisamente através de vários autores de blogues e materializou-se no 'Facebook'.
«Há pessoas de todos os partidos e de todos os quadrantes ideológicos», afirmou Ana Margarida Craveiro, durante uma manifestação que juntou várias dezenas de pessoas em frente ao Parlamento.
Para esta investigadora universitária, devem ser as instituições a pedir explicações a José Sócrates: «O Presidente da República, a Assembleia da República, os partidos deviam pedir explicações ao primeiro-ministro».
Ana Margarida Craveiro admite «pensar em novas formas de protesto» caso não haja avanços nos objectivos do movimento.
Presentes na manifestação estiveram vários jornalistas, o director de canais temáticos da SIC, Pedro Boucherie Mendes, o crítico de televisão Eduardo Cintra Torres ou o humorista Nuno Duarte, conhecido por Jel.
Jel disse que fez questão de marcar presença na iniciativa não «pela contestação» ao primeiro-ministro mas «pelos processos»: «Hoje estou cá por causa disso».
O humorista considerou que existe «medo de falar» na sociedade portuguesa e adiantou que devido no 'sketch' que fez durante a cerimónia de tomada de posse do Governo, em frente ao Palácio da Ajuda, tem um processo instaurado pelo Estado por «perturbação da paz».
«Ficámos onde o cordão policial estava definido, numa cerimónia pública e éramos só dois, dois (…) isto é o regresso ao antigamente», declarou, em tom crítico.
Entre os signatários da petição ‘Todos pela Liberdade’ contam-se os nomes de Pedro Boucherie Mendes, do historiador Rui Ramos, do crítico de televisão Cintra Torres, da socióloga Maria Filomena Mónica, do fiscalista Saldanha Sanches ou do jornalistas Francisco Sarsfield Cabral.
Lusa / SOL

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