http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9507062.html
02 de Abril de 2009, 00:00
Bona, Alemanha, 01 Abr (Lusa) - Os planos de relançamento económico de cinco países ocidentais - Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e Itália - são pouco ambiciosos para a protecção do clima, revela um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) divulgado por ocasião do G20.
A Alemanha e os Estados Unidos dedicam, respectivamente, 15 e 7,5 por cento do total dos seis investimentos a projectos verdes, a França 6 por cento e a Itália surge como o "pior aluno", com investimentos "negativos" de 6 por cento, segundo as conclusões do Fundo Mundial para a natureza (WWF, siglas em inglês), associado à GermanWatch e à ONG europeia E3G.
O estudo faz a distinção entre "investimentos positivos", favoráveis ao clima (energia renovável, edifícios económicos em energia) e "investimentos negativos" (estradas, energias fósseis...).
"No melhor dos casos, os investimentos verdes dos planos de relançamento são da ordem de 0,5 por cento do PIB para a Alemanha, ou para os Estados Unidos", explica Damien Demailly, à margem das negociações em Bona de um novo acordo climático mundial.
"Publicamos este estudo por ocasião do G20: certamente vai falar-se pouco do clima, mas os planos de relançamento, que estarão no cerne do assunto, dizem directamente respeito à luta contra as alterações climáticas".
No seu relatório, actualizado no ano passado, o economista britânico Nicholas Stern aconselha a consagrar dois por cento do PIB por ano à luta contra o aquecimento global, sublinhando que o "preço da inacção" será bem mais elevado.
"Queríamos saber quando e como estes países iam gastar o seu dinheiro", comenta Jan Burck, um dos autores para GermanWatch. "Não encontrámos muitos investimentos verdes, ora, a crise financeira mostra precisamente o que se passa quando não se investe o dinheiro de uma forma duradoura: fica-se numa situação de emergência".
"Agora, esperamos o enquadramento legal destes planos e a sua aplicação: ver-se-á então o que aconteceu com estas somas".
Os autores precisam que, para muitos países, designadamente a China, os planos não puderam ser estudados por falta de dados disponíveis.
TM.
Lusa/Fim
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário