domingo, 28 de março de 2010

JN - Manuel Correia Fernandes - A escola que (não) temos!

(Ver atigo completo em:)
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Correia%20Fernandes

JN 2010-03-21
O único lugar para onde todos nos deslocamos todos os dias, durante todos os anos das duas primeiras décadas das nossas vidas, é a escola.

Contudo, acabado este ciclo, o ciclo obrigatório, e ainda que não para todos, todos voltamos de novo à escola, mas agora à escola da nossa escolha, seja ela técnica, profissional ou superior ou, no pior dos casos, à velha "escola da vida"! Depois, regressamos outra vez à escola mas agora como pais acompanhando os filhos ou iniciando novos ciclos de aprendizagem. Mas também podemos regressar como professores, como colaboradores ou até como simples cidadãos que, por dever de cidadania, por ali cumprem outras escolas que, não raro, se prolongam pelo tempo em que todos temos mais tempo, mais sabedoria e mais disponibilidade para os outros ou em que olhamos para tudo e para todos com olhos mais doces!

Em qualquer caso, a escola é, seguramente, um dos centros da nossa vida. Todos sabemos que a vida sem escola não é possível, não faz sentido e, em bom rigor, não existe. A escola é o nosso primeiro e último espaço de referência, ainda que nem todos o tenhamos tido como devíamos.

A escola é uma das instituições da cidade no sentido em que Louis Kahn (notável arquitecto e teórico russo naturalizado americano que viveu, construiu e escreveu entre 1901 e 1974) define as instituições do homem. A escola é, por isso, uma centralidade. Ou seja: não há outra hipótese para a definição, para a concepção e para a localização da escola que não seja, exactamente, como centro das nossas vidas, no centro da comunidade a que pertencemos e, por extensão, no centro da cidade em que vivemos. E uma centralidade é algo que tem, exactamente, a qualidade de ser centro, ou seja, a qualidade do lugar em torno do qual todos os outros lugares se organizam.

(...)

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