segunda-feira, 22 de março de 2010

CIDADANIA LX: Ainda sobre o mono do Rato


CIDADANIA LX: Ainda sobre o mono do Rato

Comentário:

Claro que este 3D é do promotor.
E foi feito para PROMOVER a dita "peça", realçando as suas "mais-valias", principalmente no enquadramento.

Ora imaginem lá o enquadramento oposto, onde se vissem melhor as edificações características dessa área histórica, por exemplo as que se encontram quase escondidas do lado direito da foto!
É este "derreter" da velha urbe que é uma estupidez.

Vão lá fazer os edifícios de nova aparência, sem cuidar de património histórico ou humano, lá para mais longe... onde ainda há terreno disponível, e podem criar espaços urbanos característicos de cidades novas com fartura.
Mas não aqui, onde temos uma mais-valia a defender, bem superior aos €'s que Vªs Exªs irão capitalizar com isso.

Aliás, podem bem capitalizar muitos €'s com um projecto integrado na actual malha do local, e com respeito pela cidade velha, coisa que os autores desta "peça" muito bem sabem fazer, se for isso que lhes derem para fazer!

Respeitar e valorizar a cidade não é estropiar da mesma a capitalização imediata de uma maximização de áreas.
É valorizá-la no seu conjunto, e com isso valorizar o próprio edifício e a cidade.

È isso que aqui deveria acontecer, pois não estamos noutro local: - estamos no Largo do Rato, uma das velhas e principais praças da cidade que, embora transformada em cruzamento de vias automóveis, continua a ter o seu carisma; e a ser uma das principais entradas da velha cidade.

Até a própria configuração da volumetria deste edifício se assemelha à "ponta de lança", que vai penetrar o velho burgo.

Este poderá ser um bom edifício numa nova praça, que poderão muito bem criar em qualquer área nova.

E com isto não digo que uma obra nova, aqui, tenha que ser uma imitação de um dos velhos prédios, porque nem sequer o deve ser.

Mas deve ter algo do carinho, da escala, da história, da vivência deste local.
Ou seja: - tem que respeitar o local e a população da cidade - e com isso não perderá a sua dignidade!

E não acuso este edifício de falta de dignidade; acuso de falta de identidade local! Estará tão bem num arrabalde de Lisboa, como em qualquer arrabalde de uma outra cidade europeia ou americana, onde se faça uma PRAÇA NOVA.

Cabe aos senhores Vereadores mandá-lo para lá.
Não o deixem ficar aqui.

Ferreira arq.

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