quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Administração pública tem sistemas informáticos vulneráveis, alerta INESC

TSF:
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Presidência da República, Governo, Parlamento, Defesa Nacional e forças de segurança têm sistemas de informática vulneráveis, disse, esta quarta-feira, à TSF o presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, alertando que o sistema com mais problemas é o da diplomacia portuguesa.
O Presidente da República disse, na terça-feira, que, após ouvir várias entidades com responsabilidades na área da informática, soube que o sistema informática de Belém tem algumas vulnerabilidades.
O presidente do INESC disse à TSF que não ficou espantado com as palavras de Cavaco Silva, porque, de uma forma geral, todos os computadores dos órgãos de soberania estão em risco de violação.
Segundo José Tribolet, «estudos recentes» alertaram que existe vulnerabilidade nos «sites em geral».
«Estou indignado porque o estado de fragilidade e de indignidade da operação e do suporte aos agentes diplomáticos portugueses no país e no estrangeiro é inaceitável», alertou, acrescentando que não compreende como é que um estudo que fez para o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi metido na gaveta.
«Este problema é muito mais sério do que neste momento se levantou com o Presidente da República», sublinhou, lembrando que há muitos sites da administração pública que transportam «muita informação confidencial».
Francisco Rente, coordenador do projecto que mede o nível de segurança da Internet portuguesa, disse que é quase inevitável considerar um sistema informático como vulnerável. «A maioria dos equipamentos informáticos à partida está vulnerável, mesmo que sejam implementadas grandes medidas de segurança», afirmou.
Em Agosto, o nível de segurança do sector público foi considerado «perigoso» pelos especialistas Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

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