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"Real Praça do Comércio" tal como é designada na legenda da planta geral de Lisboa do projecto de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel.
Mas agora há por aí quem faz a apologia que "a arquitectura não se referenda"..., querendo com isso justificar atitudes de regime, colaboracionistas, avalisadoras de cartas em branco a projectos demolidores para a nossa cultura e para o nosso património.
Servir projectos aos bochechos, conforme vai sendo executada a obra, para um local com o impacto urbano e a história desta praça, é uma leviandade.
Compreende-se esta metodologia de trabalho em obras novas, pois permite mesmo evoluir o projecto com os novos dados que vão aparecendo, tirando partido das condições e conhecimentos dos executantes da obra; permite antecipar a obra, enfim, será até aceitavel.
Agora neste local?
Ainda por cima tendo tomado opções radicais perfeitamente discutiveis?
Com que direito vão manter aquele local sem árvores?
Continuo na minha que tal é inadmissível, e a entender que o espaço agora projectado, para além de não respeitar o conceito do projecto inicial de espaço de "Praça", não o vai ser, não vai resultar. Vai ser um palco de vaidades para utilizações pontuais, para fazer uns postais para mostrar, para dizer que temos. Não para a população usar.
Isto não é arquitectura urbana. Pode ser arquitectura de espaço edificado interior.
Trazer isso cá para fora, neste caso que interfere com a nossa cultura, digna de um dos períodos mais marcantes da nossa história... é uma asneira grave.
E foi um risco tal, que agora vemos de todos os quadrantes da sociedade interpelações atentas e certeiras, condenando aquilo que se via mesmo à partida que era um atentado cultural.
É pena a Ordem dos Arquitectos, ou os seus membros, não terem sido os primeiros a pugnar por um processo democrático e atento aos valores sociais e culturais num caso como este, em vez de uma atitude até bastante corroborativa e concertada para tais actos.
Mas afinal, quem vai ganhar com tais atitudes?
Mas agora há por aí quem faz a apologia que "a arquitectura não se referenda"..., querendo com isso justificar atitudes de regime, colaboracionistas, avalisadoras de cartas em branco a projectos demolidores para a nossa cultura e para o nosso património.
Servir projectos aos bochechos, conforme vai sendo executada a obra, para um local com o impacto urbano e a história desta praça, é uma leviandade.
Compreende-se esta metodologia de trabalho em obras novas, pois permite mesmo evoluir o projecto com os novos dados que vão aparecendo, tirando partido das condições e conhecimentos dos executantes da obra; permite antecipar a obra, enfim, será até aceitavel.
Agora neste local?
Ainda por cima tendo tomado opções radicais perfeitamente discutiveis?
Com que direito vão manter aquele local sem árvores?
Continuo na minha que tal é inadmissível, e a entender que o espaço agora projectado, para além de não respeitar o conceito do projecto inicial de espaço de "Praça", não o vai ser, não vai resultar. Vai ser um palco de vaidades para utilizações pontuais, para fazer uns postais para mostrar, para dizer que temos. Não para a população usar.
Isto não é arquitectura urbana. Pode ser arquitectura de espaço edificado interior.
Trazer isso cá para fora, neste caso que interfere com a nossa cultura, digna de um dos períodos mais marcantes da nossa história... é uma asneira grave.
E foi um risco tal, que agora vemos de todos os quadrantes da sociedade interpelações atentas e certeiras, condenando aquilo que se via mesmo à partida que era um atentado cultural.
É pena a Ordem dos Arquitectos, ou os seus membros, não terem sido os primeiros a pugnar por um processo democrático e atento aos valores sociais e culturais num caso como este, em vez de uma atitude até bastante corroborativa e concertada para tais actos.
Mas afinal, quem vai ganhar com tais atitudes?
Ferreira arq.
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