quarta-feira, 10 de junho de 2009

JN - O País onde ainda tudo é possível

http://jn.sapo.pt/Reportagens/Interior.aspx?content_id=1258983
A propósito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, o JN procurou saber se nos últimos 35 anos mudámos mais do que sabemos ou menos do que imaginamos
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Hermínio Loureiro, 43 anos, deputado
"Escrevi: Scolari passou-se! E apareci em todo o lado"
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Usa dois telemóveis, não prescinde do computador portátil, muito menos da ligação à Internet que lhe permite "estar ligado em qualquer parte do mundo". Hermínio Loureiro, o político da Política 2.0, não se desmultiplica só em cargos públicos - Presidente da Liga de Futebol, deputado pelo PSD, Presidente da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, etc -; está também omnipresente em tudo o que tenha a chancela "virtual". E é viciado. Basta segui-lo no blogue "4 Linhas", ou no Twitter correspondente, para perceber a dimensão da sua assiduidade. Mas há mais, que ele tem tudo minuciosamente estruturado: "Se quero uma coisa técnica, vou ao Facebook; se quero contactar pessoas mais novas, vou ao Hi5; se quero uma coisa mais popular, vou ao Twitter; se quero imagem, vou ao Youtube." É assim, ele está em todas. Todos os dias. Ou quase.

"A vida era um bocadinho mais tranquila antes de ter descoberto esta nova forma de intervenção", reconhece. Fórmula que considera "fundamental para estabelecer proximidade e disponibilidade", e que está longe de ser "puro lazer". Pelo contrário. "Acarreta responsabilidades, colocamo-nos mais a jeito, e ficamos mais desprotegidos". Até pode ser. Mas ele não parece importar-se. Diz lidar bem com as críticas e tenta publicar, pelo menos, um post por dia. Se não o faz, há logo quem apareça a reclamar.

De vez em quando, impõe-se um intervalo. "Por razões familiares, procuro resistir ao computador quando estou em casa". A filha, de apenas oito anos, é que ameaça corromper este período offline. "Foi a minha companheira da noite eleitoral. Ficou ali a dar palpites". Será isto uma forma de medir a popularidade? Diz que não. Mas reconhece que só teve noção do impacto do que escreve no dia em que o ex-seleccionador nacional deu um soco a um jogador. Escreveu: "Scolari passou-se". "E de repente, aquela frase estava em todo o lado, nas televisões, rádios e jornais".
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