(origem: comentador anónimo):
"A grande maioria dos arquitectos portugueses, além de serem perfeitos ignorantes sobre o património, na verdade odeiam-no e querem destruí-lo.Até porque são maus arquitectos, e sabem que as suas "obras" são muito inferiores às do passado."
.
Não se pode falar assim da "grande maioria dos arquitectos portugueses", pois não é verdade.
O que se passa, é que quando o arquitecto interfere com o património e o respeita, não dá tanto nas vistas e também não há grandes comentários sobre a intervenção do arquitecto.
O que se passa, é que quando o arquitecto interfere com o património e o respeita, não dá tanto nas vistas e também não há grandes comentários sobre a intervenção do arquitecto.
O que não significa que a obra deixe de ser a adequada e não tenha resultado um espaço fabuloso, francamente utilizado.
É a isso que alguns oportunistas fogem: querem mesmo só dar nas vistas e apenas "salvaguardar o deles" o mais possível, e que se trame o património e a futura utilização que lhe está reservada (depois altera-se e até se ganham mais uns cobres a projectar nova obra).
É a isso que alguns oportunistas fogem: querem mesmo só dar nas vistas e apenas "salvaguardar o deles" o mais possível, e que se trame o património e a futura utilização que lhe está reservada (depois altera-se e até se ganham mais uns cobres a projectar nova obra).
E dar assim nas vistas traz de facto mais notoriedade e mais projectos, que ter a humildade de se subordinar à ordem devida.
É nestes que quem detem o poder tem que saber ter mãos.
É nestes que quem detem o poder tem que saber ter mãos.
A responsabilidade disto é de quem manda, pois é fácil abrir a porta aos oportunistas; tem que haver aí mão dura.
E todos nós temos a obrigação de participar, de alertar e de reclamar do nosso direito, e salvaguardar o nosso património.
E quem manda tem que saber que, se não manda bem e não tem mão nisto, é substituido.
Lembro bem Fernando Távora e a lição de humildade do arquitecto que, tendo que intervir na montanha que lhe punham à disposição, considerava que o cume era por si bastante importante e referencial, a merecer ser mantido: a proposta ficava pela meia encosta.
É esta humildade que alguns dos arquitectos que por aí andam a dar cabo do património não têm nem querem ter:- A lição do respeito e salvaguarda dos valores do património existente.
É uma aberração o aspecto exterior que querem dar à Praça do Comércio, sem decoro, sem alma, sem respeito pela estrutura subjacente à ordem que a criou... e ainda por cima sem árvores naquela imensidão - é uma estupidez que vai depois ser criticada por todos os que tiverem um mínimo de cultura.
E todos nós temos a obrigação de participar, de alertar e de reclamar do nosso direito, e salvaguardar o nosso património.
E quem manda tem que saber que, se não manda bem e não tem mão nisto, é substituido.
Lembro bem Fernando Távora e a lição de humildade do arquitecto que, tendo que intervir na montanha que lhe punham à disposição, considerava que o cume era por si bastante importante e referencial, a merecer ser mantido: a proposta ficava pela meia encosta.
É esta humildade que alguns dos arquitectos que por aí andam a dar cabo do património não têm nem querem ter:- A lição do respeito e salvaguarda dos valores do património existente.
É uma aberração o aspecto exterior que querem dar à Praça do Comércio, sem decoro, sem alma, sem respeito pela estrutura subjacente à ordem que a criou... e ainda por cima sem árvores naquela imensidão - é uma estupidez que vai depois ser criticada por todos os que tiverem um mínimo de cultura.
Ferreira arq.
Sem comentários:
Enviar um comentário