Para consultar a proposta carregar no título, ou pelo link:
http://www.maotdr.gov.pt/Admin/Files/Documents/Estrat%C3%A9gia%20Adapta%C3%A7%C3%A3o%20as%20AC_vs%20para%20CPublica.pdf
Para quem ainda duvida do impacto negativo da forma de vida que temos vindo a implantar na Terra, no nosso dia a dia, fica um pequeno excerto da proposta, relativamente ao impacto na saúde de todos nós:
"Face ao estado actual do conhecimento científico sobre as alterações climáticas, perspectiva-se que os efeitos sobre a saúde humana estarão relacionados com diversos factores que poderão levar à alteração da distribuição geográfica e taxas de incidência de determinadas doenças e a alterações na qualidade de vida das pessoas.
Factores como a maior frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos (nomeadamente ondas de calor, períodos de seca prolongada, episódios de precipitação intensa, etc.) constituem graves riscos para a saúde humana, com um potencial aumento do número de mortes associadas a calor intenso, agravamento de problemas do foro cardiorespiratório, de doenças relacionadas com a poluição atmosférica, de doenças transmitidas através da água e alimentos, etc.
Em Portugal, a onda de calor de 2003, com um acréscimo expressivo da mortalidade levou ao desenvolvimento de um plano de contingência anual específico, sendo importante aprofundar a adopção de melhorias no seu funcionamento, assim como a extensão de medidas de adaptação pertinentes, noutros sectores, que permitam aumentar a capacidade de resposta das populações.
As doenças de origem hídrica, como diarreia e cólera, assim como surtos de doenças de origem alimentar poderão ser potenciadas em períodos de seca prolongada, face ao aumento de fenómenos de poluição da água e ao crescimento de patogénicos, resultado do aumento de temperatura e de mais baixos níveis de caudais hídricos.
No caso dos poluentes atmosféricos, os que mais contribuem para a mortalidade são as partículas PM10 e PM2,5 e os níveis de ozono troposférico, os quais são potenciados pelos fenómenos de alterações climática, que influenciam a dispersão atmosférica e a diminuição da qualidade do ar. De assinalar que as partículas podem estar associadas à diminuição da função pulmonar, potenciando as infecções respiratórias (asma, bronquites crónicas, etc.), e que as radiações UV podem levar ao aumento dos cancros de pele e o aumento de cataratas e de cegueiras.
Por outro lado, as alterações climáticas podem aumentar a exposição do homem a toxinas naturais, uma vez que temperaturas globais mais elevadas podem aumentar a exposição humana a cianotoxinas quer através do abastecimento de água para consumo humano quer através das águas recreativas.
Em países de cima temperado como Portugal, as projecções de Invernos mais suaves poderão levar ao aumento da abundância de moscas e outras espécies de pragas durante os meses de Verão. Do mesmo modo, os vectores de agentes que provocam doenças (insectos, roedores, mosquitos, etc.) reagem às alterações da temperatura, humidade relativa e precipitação, podendo alterar quer o seu ciclo de vida quer o ciclo de vida dos agentes patogénicos que transportam. O aumento dos períodos quentes pode levar a alterações do seu habitat e da sua distribuição geográfica, sendo expectável o surgimento ou reemergência de algumas doenças anteriormente erradicadas.
Em conclusão, as alterações climáticas e os efeitos expectáveis na distribuição e prevalência das doenças em Portugal poderão levar ao surgimento de novas solicitações sobre os sistemas de saúde, exigindo um trabalho de adaptação que deve ser realizado o mais cedo possível para permitir prevenir e diminuir e a extensão dos efeitos sobre a população.
Entidade responsável pelo grupo de trabalho: DGS / MS"
http://www.maotdr.gov.pt/Admin/Files/Documents/Estrat%C3%A9gia%20Adapta%C3%A7%C3%A3o%20as%20AC_vs%20para%20CPublica.pdf
Para quem ainda duvida do impacto negativo da forma de vida que temos vindo a implantar na Terra, no nosso dia a dia, fica um pequeno excerto da proposta, relativamente ao impacto na saúde de todos nós:
"Face ao estado actual do conhecimento científico sobre as alterações climáticas, perspectiva-se que os efeitos sobre a saúde humana estarão relacionados com diversos factores que poderão levar à alteração da distribuição geográfica e taxas de incidência de determinadas doenças e a alterações na qualidade de vida das pessoas.
Factores como a maior frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos (nomeadamente ondas de calor, períodos de seca prolongada, episódios de precipitação intensa, etc.) constituem graves riscos para a saúde humana, com um potencial aumento do número de mortes associadas a calor intenso, agravamento de problemas do foro cardiorespiratório, de doenças relacionadas com a poluição atmosférica, de doenças transmitidas através da água e alimentos, etc.
Em Portugal, a onda de calor de 2003, com um acréscimo expressivo da mortalidade levou ao desenvolvimento de um plano de contingência anual específico, sendo importante aprofundar a adopção de melhorias no seu funcionamento, assim como a extensão de medidas de adaptação pertinentes, noutros sectores, que permitam aumentar a capacidade de resposta das populações.
As doenças de origem hídrica, como diarreia e cólera, assim como surtos de doenças de origem alimentar poderão ser potenciadas em períodos de seca prolongada, face ao aumento de fenómenos de poluição da água e ao crescimento de patogénicos, resultado do aumento de temperatura e de mais baixos níveis de caudais hídricos.
No caso dos poluentes atmosféricos, os que mais contribuem para a mortalidade são as partículas PM10 e PM2,5 e os níveis de ozono troposférico, os quais são potenciados pelos fenómenos de alterações climática, que influenciam a dispersão atmosférica e a diminuição da qualidade do ar. De assinalar que as partículas podem estar associadas à diminuição da função pulmonar, potenciando as infecções respiratórias (asma, bronquites crónicas, etc.), e que as radiações UV podem levar ao aumento dos cancros de pele e o aumento de cataratas e de cegueiras.
Por outro lado, as alterações climáticas podem aumentar a exposição do homem a toxinas naturais, uma vez que temperaturas globais mais elevadas podem aumentar a exposição humana a cianotoxinas quer através do abastecimento de água para consumo humano quer através das águas recreativas.
Em países de cima temperado como Portugal, as projecções de Invernos mais suaves poderão levar ao aumento da abundância de moscas e outras espécies de pragas durante os meses de Verão. Do mesmo modo, os vectores de agentes que provocam doenças (insectos, roedores, mosquitos, etc.) reagem às alterações da temperatura, humidade relativa e precipitação, podendo alterar quer o seu ciclo de vida quer o ciclo de vida dos agentes patogénicos que transportam. O aumento dos períodos quentes pode levar a alterações do seu habitat e da sua distribuição geográfica, sendo expectável o surgimento ou reemergência de algumas doenças anteriormente erradicadas.
Em conclusão, as alterações climáticas e os efeitos expectáveis na distribuição e prevalência das doenças em Portugal poderão levar ao surgimento de novas solicitações sobre os sistemas de saúde, exigindo um trabalho de adaptação que deve ser realizado o mais cedo possível para permitir prevenir e diminuir e a extensão dos efeitos sobre a população.
Entidade responsável pelo grupo de trabalho: DGS / MS"
Importantíssimo texto, a consultar na íntegra (ou pelo menos na diagonal..., mas não deixar de consultar).
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