quinta-feira, 27 de agosto de 2009

JN - Gripe - Governo admite recorrer a médicos dispensados e reformados

http://jn.sapo.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=1345980&dossier=Gripe%20A
JN 2009.08.27
Secretário de Estado Adjunto e da Saúde considera ser "possível equacionar" um reforço no atendimento à gripe A recorrendo aos médicos reformados e dispensados das urgências, como propôs o Sindicato Independente dos Médicos. O bastonário concorda.
"Uma situação extraordinária necessita de medidas extraordinárias e é possível equacionar essa medida [de reforço] dentro deste contexto", salientou Francisco Ramos, à margem da apresentação dos resultados nacionais de cirurgia ambulatória referentes ao primeiro semestre de 2009.
O secretário de Estado assegurou que, "neste momento, o alargamento de serviços de atendimento a casos de gripe tem dado resposta a essas situações", mas novas medidas podem ser equacionadas "à medida da evolução da pandemia".
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Carlos Arroz, avançou a proposta de os médicos reformados e dispensados das urgências poderem ser uma solução para fazer face ao aumento dos casos de gripe A (H1N1).
O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, já considerou "muito sensata e exequível" a proposta do SIM, esperando que o Governo a coloque em prática.
"É evidente que nós não sabemos ainda se vai haver realmente uma situação de acumulação de casos que torne difícil a gestão clínica dos doentes, tanto mais que a gripe, aparentemente, não é uma doença muito grave. De qualquer forma, se assim for, e se houver um acorrer de muitos doentes aos centros de saúde e hospitais, é óbvio que é necessário fazer reforço dos médicos", sublinhou o bastonário à Agência Lusa.
Em declarações à TSF, a ministra da Saúde, Ana Jorge, revelou que este assunto já foi discutido entre o Ministério da Saúde e os sindicatos.
"Já houve uma reunião informal com os sindicatos" sobre esta matéria, avançou Ana Jorge, considerando "excelente a colaboração dos sindicatos e a opinião favorável da Ordem dos Médicos para poder trabalhar melhor esta situação".

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