JN 20100403
HELENA MACHADO, SOCIÓLOGA
Em Portugal, a lei n.º 5/2008 criou uma base de dados de perfis de ADN com objectivos de identificação civil e criminal. Já quase todos os países europeus têm uma base de dados deste tipo e há quem acredite que a "impressão genética" virá substituir a já velhinha impressão digital.
A mais antiga base de dados deste tipo, criada em 1995 em Inglaterra e País de Gales, em 2007, tinha mais de quatro milhões de perfis, dos quais mais de cem mil eram de crianças a partir dos 10 anos de idade. Não esqueçamos, também, que já foi propósito do Governo português, em 2005, criar uma base de dados genéticos de toda a população, ideia que veio a ser abandonada. Significa isto que poderemos caminhar, a breve trecho, para uma sociedade que armazenará informação genética de cada um de nós, sujeitando-a a cruzamento de dados? Talvez… tudo é possível junto de populações cada vez mais susceptíveis às ameaças (reais e imaginárias) do crime, das catástrofes, dos desaparecimentos, das doenças.
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1 comentário:
uma base de dados desse género viola a constituição portuguesa de direito a privacidade e protecção de dados. É ilegal e proibida!
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