sexta-feira, 3 de julho de 2009

Governo: Manuel Pinho, o ministro das energias renováveis

(Henricartoon - desenhos de Henrique Monteiro)
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9862418.html
Lisboa, 02 Jul (Lusa) - Manuel Pinho, o ministro que fez do sector das energias renováveis a sua grande aposta, apresentou demissão quatro anos depois de ter assumido a pasta da Economia e da Inovação devido a um gesto inconveniente no Parlamento.
Ao longo destes quatro anos, Pinho destacou-se na área das energias renováveis, considerada uma das suas apostas mais eficazes, tendo apresentando em vários países o caso português como um exemplo de liderança nas energias consideradas "limpas".
Manuel Pinho, de 54 anos, era um dos independentes do Governo de José Sócrates, tendo transitado do grupo Espírito Santo para a sua primeira experiência governativa.

Comentário:

Sobre Manuel Pinho...

http://forumsociedadecivil.blogspot.com/2009/06/em-portugal-o-museu-dos-coches-praca-do.html


"Os governantes contradizem-se completamente nas atitudes que tomam.
Veja-se o relatório sobre “Energia e Alterações Climáticas”, publicado em 2008/07/07, do Ministério da Economia e da Inovação, orgulho do Ministro António Pinho, e por si subscrito.
Capítulo 5:
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"V.
Eficiência Energética
Apesar da desaceleração do consumo total de energia nos últimos anos, o consumo de energia nos edifícios continua a crescer significativamente, tendo-se verificado para este sector um aumento médio de 3,9% entre 2000 e 2005. Esta tendência é em parte explicada pela aproximação dos níveis de conforto habitacional à média europeia (nomeadamente com o aumento do número de casas com aquecimento central), mas também pela ineficiência energética nos edifícios (Figura 17).

O aumento do consumo energético nos edifícios tem particular reflexo ao nível dos consumos de electricidade, uma vez que este sector é um dos principais utilizadores de energia eléctrica. De facto, se em termos de energia primária por unidade do PIB ou por crescimento, Portugal se aproxima dos níveis médios europeus, ao nível do consumo de electricidade, as taxas de crescimento verificadas nos últimos anos encontram-se entre as mais altas da Europa

Com as medidas já implementadas, o Governo veio imprimir uma alteração relevante no sentido duma trajectória de desenvolvimento sustentável. Para além disso, o Governo acaba de fixar uma nova meta a implementar até 2015, definindo medidas adicionais de redução do consumo de energia equivalentes a 10% do consumo energético (Figura 19).
Nesse sentido, e a curto prazo, o Governo prevê:

Harmonizar fiscalmente o gasóleo de aquecimento com o gasóleo rodoviário, desincentivando, de forma progressiva, a utilização do primeiro para o aquecimento doméstico e permitindo, simultaneamente, financiar o Fundo Português de Carbono para cumprimento de Quioto;

Aprovar um Plano de Acção para a Eficiência Energética com o objectivo de implementar medidas de redução de consumo de energia equivalente ao consumo energético verificado entre 2000 e 2005.”
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Afinal os políticos sabem o que é eficiência energética e porque se deve agir!
Mas isto é só para os privados?
Para o povo apertar o cinto com os encargos disto tudo?
O estado está obrigado a cumprir como todos e devia até dar o exemplo?
Não há programa que justifique minimamente, neste caso, 15000m2 de edifício novo.
Não se pode ESBANJAR em edifícios desproporcionados, e se está assumida a grande quota parte da má gestão dos edifícios, na falta de controlo do dispêndio energético do país, como podem os nossos governantes estar a agravar isto ainda mais? E a questão põe-se nestes termos, por toda a Europa, relativamente à adaptação de edifícios existentes, sendo mesmo inacreditável no que se refere a um NOVO edifício.
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O maior custo deste edifício será a sua manutenção - acabará por ser uma obra a destinar à demolição, já dentro de muito poucos anos! Contraria todas as decisões governamentais quanto a eficiência energética e objectivos determinados pelo governo de redução de consumo nos edifícios, constituindo por isto, motivo mais que suficiente para que tal edifício não possa ser aprovado - para além de todas as outras restantes questões, que são muitas.
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Não temos que pagar do nosso bolso as asneiras de quem afirma uma coisa e faz outra!
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Não seria bem meritório, para quem tem o poder de decidir, assumir já aqui a inversão de atitudes passadas, de efeitos tão nefastos? E dar assim um exemplo que tem que ser seguido em todas as intervenções humanas no território: eficiência energética, respeito e preservação ambiental.
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Lições de humildade não são fáceis, são apenas apanágio de mentes sensíveis. - Deve ser reabilitado o actual Museu dos Coches, como já todos percebemos.

Ferreira arq

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