CIDADANIA LX: Biblioteca de Arqueologia herdada dos alemães reabre no Palácio da Ajuda
Esta é uma notícia que denota bem o estado da nossa cultura e do nosso património.
Mas, para além de tudo isto, é também uma notícia que demonstra o real estado da economia, contrastando com a atitude demagógica de quem nos desgoverna, num iluminismo irrealista de quem vive nas nuvens.
Precisamos de uma atitude fria e objectiva nas decisões governamentais. De opções lógicas, simples e práticas, que façam funcionar o quotidiano de aculturação de todos nós, consentânea com a capacidade de manutenção e utilização de todo o nosso património. E esta seria uma atitude de quem sabe que, para elevar o nível cultural e social da comunidade, deverá faze-lo degrau a degrau, reconhecendo e assumindo o tamanho de tal fardo.
Num período económico recessivo com este, a tarefa é ainda mais difícil.
Continuar, nesta fase, com a iluminista ideia de grandeza e sobranceria pessoal, assentando arraiais numa obra nova, pretensamente marcante e referencial, com o convencimento de que isso é o salto de qualidade que eleva o patamar de cultura do país, é, neste caso, tão estúpido como pretender de um salto livre, atravessar o rio Tejo.
O dinheiro disponível (do casino) para a obra do museu dos coches, permitiria reabilitar o actual picadeiro, expandir o actual museu com a área estritamente necessária, para o património público existente nas proximidades (que ficaria assim também reabilitado). Não se perdia o património actual de memória e uso de mais de um século, deste edifício com esta finalidade, situação excepcional, valorizada e comentada por visitantes de todo o mundo. Uma jóia preciosa que temos e vamos desmerecer.
Uma obra nova em qualquer local e para qualquer uso se faz, sem ter que se perder esta mais-valia…
Quando aos erros a todos os níveis do projecto previsto para o novo museu, já nem sequer mereceriam mais comentários. O edifício novo já não é referência nesta época para coisa nenhuma. È despesista, não é ecologista nem ambientalista, atributos primários de qualquer obra arquitectónica que agora se projecte.
Não assume qualquer referência de actualidade que sirva para chamar a Portugal seja lá ele quem for.
È um absurdo despesista destinado a ser demolido em breve, pela falta de sustentabilidade energética e ambiental para a utilização que lhe é destinada.
Nesta data, a DEMOLIÇÃO de um edifício com as características do que vai ser construído, é que é uma obra de referência mundial, tal como estão a fazer nos Países Nórdicos, nos EUA, etc.
Não há dinheiros que aguentem, a manutenção e conservação, a iluminação, as despesas energéticas com aquecimento e arrefecimento, nem com a mão de obra que estes monstros necessitam – que ESTÃO A SER ABATIDOS, nos mesmos termos que a metodologia dos anteriores automóveis de 12 cilindros, com 5 000 cm3.
Qualquer um de nós sabe que não devemos nem podemos andar agora aí a comprar essas “banheiras”.
Também os nossos governantes têm a obrigação de saber que não deviam andar a plantar por aí edifícios com as características desses paquidermes. È uma estupidez. Uma intervenção actual devia ser um exemplo de sustentabilidade a seguir e a imitar nas restantes intervenções urbanas pelo país.
E nunca o oposto, que vai ser mais um motivo de chacota e desdém internacional. Uma perfeita atitude terceiro-mundista, implementando-se aqui, agora, o que eles fizeram há cinquenta anos, pois agora já todos sabemos que foram essas atitudes que levaram ao estado insustentável da actual pegada ecológica e ambiental da generalidade da ocupação urbana. Ocupação esta que estamos agora a tentar inverter, perante a inevitabilidade de uma rotura ambiental catastrófica, a muito curto prazo, pois as mazelas são já agora demasiadas.
Só nos podemos questionar:
-Porque nos fazem isto, os nossos governantes, depois de já devidamente alertados e informados?
-Que têm a perder com a não execução da obra prevista?
-Que lugares ficam em causa na gestão futura de tal edifício, e a quem se vão destinar?
-Qual o destino efectivo dos milhões que este monstro vai custar?
Não temos dúvidas: vai sair do nosso bolso a manutenção desses ditos encargos que agora estão a criar!!!
Estas são simples contas de merceeiro.
São também meras “banalidades”.
Mas é assim que continuamos cada vez mais terceiro-mundistas, alimentando os ditos “sabidos” que estão a dar cabo do país, fazendo de conta que gerem os nossos destinos… e que não têm pejo em deixar morrer à fome meio povo, para se autopromoverem.
Esta é uma notícia que denota bem o estado da nossa cultura e do nosso património.
Mas, para além de tudo isto, é também uma notícia que demonstra o real estado da economia, contrastando com a atitude demagógica de quem nos desgoverna, num iluminismo irrealista de quem vive nas nuvens.
Precisamos de uma atitude fria e objectiva nas decisões governamentais. De opções lógicas, simples e práticas, que façam funcionar o quotidiano de aculturação de todos nós, consentânea com a capacidade de manutenção e utilização de todo o nosso património. E esta seria uma atitude de quem sabe que, para elevar o nível cultural e social da comunidade, deverá faze-lo degrau a degrau, reconhecendo e assumindo o tamanho de tal fardo.
Num período económico recessivo com este, a tarefa é ainda mais difícil.
Continuar, nesta fase, com a iluminista ideia de grandeza e sobranceria pessoal, assentando arraiais numa obra nova, pretensamente marcante e referencial, com o convencimento de que isso é o salto de qualidade que eleva o patamar de cultura do país, é, neste caso, tão estúpido como pretender de um salto livre, atravessar o rio Tejo.
O dinheiro disponível (do casino) para a obra do museu dos coches, permitiria reabilitar o actual picadeiro, expandir o actual museu com a área estritamente necessária, para o património público existente nas proximidades (que ficaria assim também reabilitado). Não se perdia o património actual de memória e uso de mais de um século, deste edifício com esta finalidade, situação excepcional, valorizada e comentada por visitantes de todo o mundo. Uma jóia preciosa que temos e vamos desmerecer.
Uma obra nova em qualquer local e para qualquer uso se faz, sem ter que se perder esta mais-valia…
Quando aos erros a todos os níveis do projecto previsto para o novo museu, já nem sequer mereceriam mais comentários. O edifício novo já não é referência nesta época para coisa nenhuma. È despesista, não é ecologista nem ambientalista, atributos primários de qualquer obra arquitectónica que agora se projecte.
Não assume qualquer referência de actualidade que sirva para chamar a Portugal seja lá ele quem for.
È um absurdo despesista destinado a ser demolido em breve, pela falta de sustentabilidade energética e ambiental para a utilização que lhe é destinada.
Nesta data, a DEMOLIÇÃO de um edifício com as características do que vai ser construído, é que é uma obra de referência mundial, tal como estão a fazer nos Países Nórdicos, nos EUA, etc.
Não há dinheiros que aguentem, a manutenção e conservação, a iluminação, as despesas energéticas com aquecimento e arrefecimento, nem com a mão de obra que estes monstros necessitam – que ESTÃO A SER ABATIDOS, nos mesmos termos que a metodologia dos anteriores automóveis de 12 cilindros, com 5 000 cm3.
Qualquer um de nós sabe que não devemos nem podemos andar agora aí a comprar essas “banheiras”.
Também os nossos governantes têm a obrigação de saber que não deviam andar a plantar por aí edifícios com as características desses paquidermes. È uma estupidez. Uma intervenção actual devia ser um exemplo de sustentabilidade a seguir e a imitar nas restantes intervenções urbanas pelo país.
E nunca o oposto, que vai ser mais um motivo de chacota e desdém internacional. Uma perfeita atitude terceiro-mundista, implementando-se aqui, agora, o que eles fizeram há cinquenta anos, pois agora já todos sabemos que foram essas atitudes que levaram ao estado insustentável da actual pegada ecológica e ambiental da generalidade da ocupação urbana. Ocupação esta que estamos agora a tentar inverter, perante a inevitabilidade de uma rotura ambiental catastrófica, a muito curto prazo, pois as mazelas são já agora demasiadas.
Só nos podemos questionar:
-Porque nos fazem isto, os nossos governantes, depois de já devidamente alertados e informados?
-Que têm a perder com a não execução da obra prevista?
-Que lugares ficam em causa na gestão futura de tal edifício, e a quem se vão destinar?
-Qual o destino efectivo dos milhões que este monstro vai custar?
Não temos dúvidas: vai sair do nosso bolso a manutenção desses ditos encargos que agora estão a criar!!!
Estas são simples contas de merceeiro.
São também meras “banalidades”.
Mas é assim que continuamos cada vez mais terceiro-mundistas, alimentando os ditos “sabidos” que estão a dar cabo do país, fazendo de conta que gerem os nossos destinos… e que não têm pejo em deixar morrer à fome meio povo, para se autopromoverem.
Outros comentários sobre o Museu dos Coches em:
http://forumsociedadecivil.blogspot.com/search/label/museu%20dos%20coches
Parabéns ao Paulo Ferrero pela persistência (quanto ao Jardim no local: apoio incondicionalmente).
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