TSF 20091208
Os países participantes na conferência do clima em Copenhaga poderão vir a assinar um acordo que abandona o princípio do protocolo de Quioto. À TSF, Francisco Ferreira, da Quercus, disse que as primeiras reacções ao texto provocaram protestos.
No segundo dia de trabalhos na conferência foi lançada a confusão com um projecto de texto dinamarquês que circula nos corredores da cimeira e que pode ameaçar o êxito das negociações sobre o clima.
O documento, a que jornal The Guardian teve acesso, dá mais poder aos países ricos e remete as Nações Unidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas.
O texto estabelece limites diferentes para as emissões de carbono per capita de países desenvolvidos e em desenvolvimento até 2050.
De acordo com o documento, às populações que vivem nos países mais ricos vai ser permitido emitir mais gases, quase do dobro do que estava previsto, fixando o limite nas 2.65 toneladas.Já os países em desenvolvimento só vão poder emitir 1.44 toneladas de carbono por pessoa.
O documento, conhecido por texto dinamarquês, abandona assim o princípio do Protocolo de Quioto, em que as nações ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de dióxido de carbono, assumiam a liderança no combate ao efeito de estufa, enquanto as nações mais pobres não eram obrigados a agir.
A proposta prevê ainda a criação de uma nova categoria dentro dos países pobres, que vai passar a chamar-se “os mais Vulneráveis”.
Neste acordo, as Nações Unidas são remetidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas, enquanto que ao Banco Mundial é atribuída a responsabilidade de financiar o combate às alterações climáticas.
Ouvido pela TSF, Francisco Ferreira, da Quercus, presente em Copenhaga, disse que o texto surpreendeu «muitos delegados», já que metas como a traçada para 2050 normalmente só seriam de esperar no final da segunda semana e não no segundo dia da conferência.
«Chegou a haver uma pequena manifestação da parte dos delegados africanos como forma de protesto», por se sentirem descriminados não só pelas emissões, também também «em relação ao facto de os países desenvolvidos continuarem com muitas reticências em relação ao financiamento», acrescentou o ambientalista.
Sandra Pires
No segundo dia de trabalhos na conferência foi lançada a confusão com um projecto de texto dinamarquês que circula nos corredores da cimeira e que pode ameaçar o êxito das negociações sobre o clima.
O documento, a que jornal The Guardian teve acesso, dá mais poder aos países ricos e remete as Nações Unidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas.
O texto estabelece limites diferentes para as emissões de carbono per capita de países desenvolvidos e em desenvolvimento até 2050.
De acordo com o documento, às populações que vivem nos países mais ricos vai ser permitido emitir mais gases, quase do dobro do que estava previsto, fixando o limite nas 2.65 toneladas.Já os países em desenvolvimento só vão poder emitir 1.44 toneladas de carbono por pessoa.
O documento, conhecido por texto dinamarquês, abandona assim o princípio do Protocolo de Quioto, em que as nações ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de dióxido de carbono, assumiam a liderança no combate ao efeito de estufa, enquanto as nações mais pobres não eram obrigados a agir.
A proposta prevê ainda a criação de uma nova categoria dentro dos países pobres, que vai passar a chamar-se “os mais Vulneráveis”.
Neste acordo, as Nações Unidas são remetidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas, enquanto que ao Banco Mundial é atribuída a responsabilidade de financiar o combate às alterações climáticas.
Ouvido pela TSF, Francisco Ferreira, da Quercus, presente em Copenhaga, disse que o texto surpreendeu «muitos delegados», já que metas como a traçada para 2050 normalmente só seriam de esperar no final da segunda semana e não no segundo dia da conferência.
«Chegou a haver uma pequena manifestação da parte dos delegados africanos como forma de protesto», por se sentirem descriminados não só pelas emissões, também também «em relação ao facto de os países desenvolvidos continuarem com muitas reticências em relação ao financiamento», acrescentou o ambientalista.
Sandra Pires
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