terça-feira, 31 de maio de 2011

SOL - Empresas de transportes estão falidas

SOL 20110530




O montante da dívida pública arrisca-se a ultrapassar pela primeira vez toda a riqueza nacional devido em parte às empresas públicas de transportes. Tudo porque o endividamento da Refer, CP, metropolitanos de Lisboa e do Porto, Carris, STCP, Transtejo e TAP, que já ultrapassa os 20 mil milhões de euros, deverá ser incluído no próximo ano na dívida do Estado, por pressão da União Europeia. Isto fará com que a dívida pública portuguesa passe dos 93% para os 105% do Produto Interno Bruto: ou seja, para os 179 mil milhões de euros.
Desde 2008 que o Tribunal de Contas vem constatando que aquelas empresas públicas encontram-se em falência técnica. Os prejuízos de centenas de milhões de euros durante anos a fio deixaram-nas totalmente descapitalizadas: só em 2010 perderam, em conjunto, mil milhões de euros.
A principal razão desse ‘buraco’ reside nos prejuízos operacionais crónicos. O Metro de Lisboa, por exemplo, tem receitas muito inferiores às suas despesas correntes, o que faz com que, só em 2010, tenha tido um prejuízo operacional de 51 milhões de euros. E a sua congénere do Porto chegou aos 244 milhões de euros de défice operacional.
Sem dinheiro para honrar os seus compromissos, estas empresas foram obrigadas a pedir mais crédito bancário, de forma a poderem pagar as dívidas à banca mais antigas – numa autêntica espiral de endividamento insustentável.
Por isso mesmo, os investidores deixaram de emprestar dinheiro, obrigando o Estado a vestir o fato de bombeiro: desde 2008, concedeu-lhes garantias bancárias de 4,5 mil milhões. Isto significa que, no caso de falharem, serão os contribuintes a pagar a factura.

Obras pagas com crédito bancárioO endividamento das empresas públicas de transportes explica-se também com os investimentos que foram realizados na construção de infra-estruturas. Com a diminuição progressiva dos fundos comunitários e das transferências directas do Estado, todas as grandes obras determinadas pelos sucessivos governos foram pagas com crédito bancário. Este é, por exemplo, o caso das duas empresas mais endividadas do país: a Refer, com seis mil milhões de euros, e o Metro de Lisboa, com 3,8 mil milhões de euros.
A maioria das novas linhas e estações de metro é resultado de ampliações concretizadas depois de 1998. «É que os Governos decidiram essas ampliações, decidiram o quando e o como, e até as vieram inaugurar. Mas não as pagaram» – concordam num comunicado conjunto as organizações sindicais do Metro de Lisboa, segundo as quais os juros da dívida já representam 37,5% do custos totais da empresa.
Chegados a este ponto, qual é a solução? Para Nunes da Silva, vereador da Câmara de Lisboa com o pelouro da Mobilidade, o Estado deve assumir a maior parte do passivo dessas empresas e, de seguida, privatizar a exploração dos transportes. Este professor catedrático do Instituto Superior Técnico defende que os privados serão mais eficientes a gerir estas empresas.
José Reis, director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, argumenta que as empresas privadas do sector conseguem obter lucros, em parte, devido aos subsídios pagos pelo Estado. Os dados sobre as indemnizações compensatórias pagas a privados demonstram que, desde 2008, foram pagos 105,6 milhões de euros a empresas como a Fertagus (pela concessão ferroviária da Ponte 25 de Abril) e a Barraqueiro, proprietário do metro do sul do Tejo. «Vale a pena olhar bem para os casos em que o funcionamento ‘privado’ repousará, de facto, sobre fortes apoios públicos», assegura José Reis.


O problema dos gestores

O economista João César das Neves não hesita em apontar o dedo aos sucessivos administradores destas empresas: «O problema é de gestão. Trata-se de monopólios, sem concorrência, para mais dependentes de impostos. Isto tende a criar muitos vícios», afirma.
Aliada aos vícios está a constante desresponsabilização dos presidentes e gestores públicos – que costumam ser militantes ou simpatizantes do PS e do PSD, consoante a ‘cor’ do Governo. Apesar de nenhuma destas empresas, com a excepção da TAP, ter dado lucro, é comum os administradores serem premiados com novos cargos.
Cardoso dos Reis, por exemplo, foi nomeado presidente da CP durante o primeiro Governo de José Sócrates. No último ano de mandato, em 2009, a empresa registou 217 milhões de euros em prejuízos. O prémio foi a promoção para o Metro de Lisboa. Aliás, já em 2000 este conhecido militante do PS tinha sido nomeado presidente da Refer.
Manuel Frasquilho é outro caso: foi presidente administrador e presidente da CP entre 1993 e 1997, tendo saído neste ano para a liderança da Refer. Em 2000 tomou posse como presidente do metro de Lisboa, tendo saído durante o Governo de Durão Barroso. Em 2005, José Sócrates nomeou-o presidente da Administração do Porto de Lisboa.
Além dos gestores públicos de carreira, é igualmente comum estas empresas serem utilizadas pelos ministros ou secretários de Estado para premiarem assessores e adjuntos pela sua lealdade. Ana Tomás, ex-adjunta de Paulo Campos na Secretaria de Estado das Obras Públicas entre 2007 e 2010, foi nomeada administradora da Estradas de Portugal (EP), com um salário bruto anual de 151.200 euros. Antes de ser adjunta, Tomás era um quadro médio da EP. Ao seu lado está Rui Dinis, militante do PS que já foi adjunto em três ministérios.
A EP, aliás, vai ser a grande preocupação do próximo Governo. A dívida da EP subiu de algumas dezenas de milhões em 2005 para 2 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano – arriscando-se, a longo prazo, a disputar com a Refer o título de empresa pública mais endividada. Mais uma vez, as despesas com as auto-estradas construídas por António Guterres e José Sócrates são muito superiores às receitas, o que torna inevitável o aumento da dívida.
frederico.pinheiro@sol.pt
luis.rosa@sol.pt

DE - WSJ - Paralelo com a crise de 1928


WSJ: Portugal "à espera de Salazar"
Alberto Teixeira 30/05/11

Colunista do Wall Street Journal diz que, em tempos de crise, os portugueses mostraram preferência por um líder ou governo autoritários.
Na sua coluna de opinião, o director do Centro de Estudos Israelista na University College London, Neill Lochery, começa por traçar um retrato da actual crise política e económica de Portugal, antes de estabelecer um paralelo com a crise de 1928, durante a qual Salazar subiu ao poder.
"No dia 5 de Junho os Portugueses vão a votos para eleger um Governo pela segunda vez em menos de dois anos", refere Lochery, avaliando de depois o perfil dos dois principais candidatos a formar Governo: "A maioria dos eleitores considera Sócrates, o zelador primeiro-ministro e líder do Partido Socialista, o principal responsável pela crise. Mas também não está confiante de que Pedro Passos Coelho, o inexperiente líder do Partido Social Democrata, saiba como resolver a bagunça financeira".
O especialista em política europeia lembra as previsões para a economia portuguesa, "que deverá contrair mais de 2% em 2011 e 2012, o que deixa uma margem de manobra bastante para qualquer Governo".
"A onda de agitação industrial, muito provavelmente, vai aplaudir um Governo forte, enquanto os sindicatos vão tentar resistir às tentativas do FMI de colocar as finanças públicas em ordem", acrescenta.
É neste cenário que Lochery recorda a crise portuguesa de 1928 - que levou Salazar ao poder - como um precedente histórico para considerar que "em tempos de crise os portugueses têm historicamente mostrado preferência para um líder ou governo fortes e autoritários", afirmando ainda que, hoje em dia, "existe um crescente apelo para uma forte 'Coligação de Governo' que possa fazer frente à crise financeira e à reacção esperada dos sindicatos".
"O homem que ocupou o cargo durante a crise foi o líder autoritário António de Oliveira Salazar. Trabalhando como ministro das Finanças antes de se tornar primeiro-ministro, em 1932, Salazar colocou a economia portuguesa de novo no caminho", salienta Lochery, lembrando que no centro das reformas introduzidas por Salazar "estava a sua crença de que a economia devia reflectir a riqueza do País, mais do que o montante de dinheiro que era capaz de pedir emprestado".
E conclui: "Em 2011, muitos portugueses vão procurar um novo líder com o estilo de Salazar para fazer o mesmo."

SOL - Investigadores criminais acusam PS de 'asfixiar a PJ'

SOL 20110530
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=20545
...

O candidato do PSD pelo círculo eleitoral do Porto e ex-director nacional da PJ Fernando Negrão também visitou, no dia 24 deste mês, o Departamento de Investigação Criminal da PJ daquela cidade, tendo a ASFIC lhe entregue na altura uma carta a classificar a iniciativa do social-democrata como «uma acção nunca vista na PJ».
Nessa mesma carta, a ASFIC considera «aventureira» a intenção do PSD de deslocar a Investigação Criminal da área da Justiça para a Administração Interna, integrando na mesma tutela a PJ, a PSP e o SEF, o que levaria a «matar» a Judiciária.
No dia 26 deste mês, quando visitou a Directoria do Norte da PJ, Alberto Martins manifestou «o empenhamento total do PS na manutenção da Polícia Judiciária na esfera da Justiça».
Na missiva agora enviada a Alberto Martins, a ASFIC diz não aceitar «a clara tentativa» do PS «de capitalizar a seu favor a reacção da ASFIC à visita do candidato a deputado pelo PSD Fernando Negrão».

domingo, 29 de maio de 2011

Deutsche Bank - Inquérito à crise seria "útil", mas sem culpados

Económico com Lusa 28/05/11
http://economico.sapo.pt/noticias/inquerito-a-crise-seria-util-mas-sem-culpados_119273.html
...

Criar uma comissão de investigação "é uma decisão que cabe ao povo e aos líderes portugueses, mas deixe-me dizer que este estudo foi muito valioso para os Estados Unidos, provocou um grande debate. O relato histórico rigoroso, a discussão e o debate são vitais para sair da crise porque, em geral, as pessoas que a causaram, nos Estados Unidos - reguladores que não fizeram o trabalho, Wall Street, que foi imprudente - não querem esse debate vigoroso".

Ferreira Leite - "A grande necessidade é que Sócrates se vá embora"

Económico com Lusa 28/05/11


A anterior presidente do PSD diz que nem sequer fica tranquila se José Sócrates ficar na oposição.
"Eu confesso que o meu grande objetivo, a grande necessidade que eu sinto para o país é que este primeiro-ministro se vá embora", afirmou Manuela Ferreira Leite, durante um jantar-comício da campanha do PSD para as legislativas de 5 de Junho, em Barcelos.
No final do seu discurso, Ferreira Leite reforçou esta ideia: "Pedro Passos Coelho vai-me desculpar, mais uma vez digo, eu não ando à procura de um outro primeiro-ministro, eu ando à procura que o engenheiro Sócrates saia de primeiro-ministro. E ele só sairá de primeiro-ministro no dia em que o PSD tiver mais votos do que o PS, só nesse dia".
Segundo a antiga ministra das Finanças, nestas eleições está em causa a "sobrevivência do país", depois de uma governação do PS feita "a pensar na forma como iria manter o poder", deixando Portugal "à beira da bancarrota", o que provocou a interrupção da legislatura.
"Eu, pessoalmente, dada a atitude do engenheiro Sócrates, dado aquilo que ele diz, nem tranquila fico se ele ficar na oposição, porque acho que ele na oposição vai ser tão pernicioso para o país quanto na liderança do país, porque vai fazer a maior das afrontas a tudo aquilo que vá ser feito para cumprir o acordo que ele próprio assinou", acrescentou.
Nesta intervenção de cerca de 15 minutos, a ex-presidente do PSD alegou que o PS dá sinais de que "não pensa cumprir o acordo" de ajuda externa "acaso viesse a ganhar as eleições", o que significaria transformar Portugal numa "outra

Meio milhar de pessoas protestam em Lisboa contra FMI

A manifestação, que começou junto ao cinema São Jorge e terminou no Rossio foi promovida pela Acampada Lisboa, um movimento espontâneo inspirado pelas "acampadas" em Espanha, e cujos membros têm pernoitado junto à estátua de D. Pedro IV, no centro da capital.
...
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/portugal2011/2011/05/28/meio-milhar-de-pessoas-protestam-em-lisboa-contra-fmi

sexta-feira, 27 de maio de 2011

JN Manuel António Pina - Casualidade, causalidade

JN 20110526
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1861505&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

Talvez tenha visto mal mas não me apercebi de que, como vem sendo feito na Net, algum jornal se tenha ainda interrogado sobre a sucessão de três notícias em pouco mais de dois meses que, isoladas, talvez só tivessem lugar nas páginas de Economia mas que, juntas, e com um director ou um chefe de redacção curiosos de acasos, até poderiam ter sido manchete.

A primeira, de 16 de Março, a da renúncia - dois anos antes do termo do seu mandato - de Almerindo Marques à presidência da Estradas de Portugal (para que fora nomeado em 2007 pelo então ministro Mário Lino), declarando ao DE que "no essencial, est[ava] feito o [s]eu trabalho de gestão".

A segunda, de 11 de Maio, a de uma auditoria do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal, revelando que, com a renegociação de contratos, a dívida do Estado às concessionárias das SCUT passara de 178 milhões para 10 mil milhões de euros em rendas fixas, dos quais mais de metade (5 400 milhões) coubera ao consórcio Ascendi, liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo. Mais: que dessa renegociação resultara que o Estado receberá, este ano, 250 milhões de portagens das SCUT e pagará... 650 milhões em rendas.

E a terceira, de há poucos dias, a de que Almerindo Marques irá liderar a "Opway", construtora do Grupo Espírito Santo.

O mais certo, porém, é que tais notícias não tenham nada a ver umas com as outras, que a sua sucessão seja casual e não causal

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DE - João Salgueiro - Bancos deviam deixar de financiar o Estado

Maria Teixeira Alves 26/05/2011
...

Disse que um dos problemas nacionais tem a ver com a falta de fiscalização da acção dos Governos. "Em Portugal a Assembleia da República não fiscaliza a acção governativa porque os deputados dependem do Governo e dos partidos. São os partidos que estabelecem os boletins de voto". João Salgueiro defende assim uma mudança da lei eleitoral, embora admita que essa não se vai fazer no futuro próximo e por isso a mudança terá de ser fazer por outra via. As medidas da troika "são um road map, e a sua monitorização de três em três meses são a via para uma mudança". Salgueiro disse que "a única solução é surpreender pela positiva nos próximos meses".

...

Suíça vai abandonar a energia nuclear

Naturlink 20110526
http://www.naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=36577&bl=1

SOL - Acampada Lisboa

Sol 20110526
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=20203

http://acampadalisboa.wordpress.com/

SOL - Medina Carreira - 'Portugal não vai crescer o suficiente para cumprir acordo'

SOL 20110526

O economista Medina Carreira considerou hoje que a economia portuguesa «não vai crescer o suficiente para que Portugal possa cumprir o exigido pela troika» e sublinhou que não ficará surpreendido se a dívida pública tiver de ser renegociada.
«Não advogo a renegociação da dívida, mas não me surpreenderia se tivéssemos de vir a fazê-lo», disse o economista durante um almoço-debate da Associação Cristã de Empresários e Gestores, hoje em Lisboa.
No evento, destinado a avaliar o programa da troika – composta pelo Banco Central Europeu (BCE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (CE) - para Portugal, o economista defendeu que três anos não são suficientes, propondo «quatro ou cinco» para a duração do programa e alertou que «Portugal pode estar numa situação parecida com a Grécia».
«Não acredito que a nossa economia consiga suportar os pagamentos de juros – que devem chegar aos 12 milhões de euros -, das parcerias público-privadas (PPP) e das contas da saúde que possam surgir agora”, sublinhou Medina Carreira.

... ...

«Se houver uma falha de execução isso terá consequências financeiras muito severas e eu receio que haja qualquer atraso. Não estamos habituados a produzir soluções com esta envergadura e num curto espaço de tempo», reiterou.
Relativamente ao perigo de contágio perante a actual risco de incumprimento da Grécia, Medina Carreira afirmou que «uma coisa que não corra bem num sítio pode contaminar-se a outro», uma vez que Portugal pertence agora «a um grupo desfavorecido que é olhado sob suspeita»
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=20225

SOL - Queda de Kadhafi proporcionaria o 'desfalque perfeito'

SOL 20110526


Os investimentos do fundo soberano líbio no Ocidente «oferecem a oportunidade de um desfalque perfeito» às instituições financeiras ocidentais, segundo especialistas em fluxos e branqueamento de capitais entrevistados pela Lusa.
Um especialista norte-americano ouvido pela Lusa declarou que «a consequência financeira directa da queda de Kadhafi seria o ‘desaparecimento’ de fundos que pertencem ao povo líbio e deviam ser devolvidos a Trípoli para a sua reconstrução».
...
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=20196

SOL - Pepinos espanhóis matam três pessoas na Alemanha

Sol 20110526
As autoridades alemãs alegaram hoje que o surto infeccioso causado por uma perigosa variante da bactéria Escherichia coli, que já matou três pessoas, teve origem em pepinos de Espanha comercializados no mercado central de Hamburgo. http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=20238

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DE - Crise - Empresas públicas não cumprem limite de endividamento

António Albuquerque
25/05/2011

http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-publicas-nao-cumprem-limite-de-endividamento_119005.html

DE - Krugman - "Portugal não vai conseguir pagar a dívida"

Económico
25/05/2011
...
Para Krugman, as condições do empréstimo à Grécia fizeram com que o país se endividasse demasiado: "Os líderes europeus ofereceram empréstimos de emergência aos países em crise, mas apenas em troca de compromissos com programas de austeridade selvagens, feitos sobretudo de cortes da despesa. A objecção de que estes programas põem em causa os seus próprios objectivos - não só impõem efeitos negativos drásticos à economia, mas ao agravar a recessão reduzem a receita fiscal -, foi ignorada."

...

http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-nao-vai-conseguir-pagar-a-divida_119002.html


Comentário na net:
Tem que ser resolvido o problema da FALTA DE QUALIDADE em quase tudo o que fazem AGORA os nossos serviços públicos, garantindo a idoneidade dos concursos públicos para admissão de pessoal na função pública.

Actualmente não há diferença entre nomeações e concursos, pois em ambos os casos os colocados são previamente escolhidos, sabendo-se quase sempre de antemão para quem é o lugar... AFILHADOS, FILIADOS, FAMILIARES e principalmente BOYS… quase sempre INCOMPETENTES.

Sem ser valorizada a qualidade, SEMPRE em CONCURSO IDÓNEO, o que vamos ter é SUBSERVIÊNCIA e continuar a arruinar este país.

Ou há CRITÉRIOS EFECTIVOS DE QUALIDADE em todos os serviços públicos, ou continuamos na mesma rota com este petroleiro (Portugal), que vai encalhar em BANCARROTA… já dentro de três anos...

domingo, 22 de maio de 2011

DE - Papandreou - Grécia "colapsa" se não receber dinheiro em Junho

Económico com Lusa 22/05/2011


"Essa opção [a de não receber esse dinheiro] significaria um colapso", frisou o chefe do Executivo grego, Georges Papandreou, numa entrevista publicada hoje pelo jornal grego ‘Eznos'.
O governo de Atenas recebeu até ao momento 53 mil milhões de euros do total da ajuda externa acordada com os parceiros europeus e Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de 110 mil milhões de euros.
...
http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-colapsa-se-nao-receber-dinheiro-em-junho_118680.html

JN - A. Marinho e Pinto - Corrupção (I)

JN 20110522
A corrupção constitui hoje a principal causa da degenerescência da democracia portuguesa e é um dos mais sérios entraves ao nosso desenvolvimento. Na sua dimensão mais nociva, ela traduz-se no facto de os agentes públicos (funcionários, magistrados e titulares de órgãos políticos) praticarem actos contrários aos seus deveres funcionais em troca de subornos, que tanto podem ser materializados em dinheiro (comissões), como em empregos ou outras vantagens. Ela ocorre sobretudo na adjudicação de obras públicas, em licenciamentos ou concessões e na aquisição de bens ou serviços por parte do estado, incluindo empresas públicas e administração local.
A sua danosidade evidencia-se, desde logo, na circunstância de as melhores decisões, em termos de interesse público, serem preteridas em favor das que mais vantagens proporcionam ao decisor ou a terceiros: familiares, partidos políticos, clubes de futebol, etc. A corrupção distorce também as regras do mercado, fazendo com que as empresas que mais prosperam já não sejam as melhores, isto é, as que são bem geridas e que apresentam produtos ou serviços com mais qualidade, mas sim aquelas que proporcionam (mais) vantagens aos decisores públicos. A situação chegou a tal ponto que Daniel Kaufmann, um alto dirigente do Banco Mundial, afirmava em 2005 que Portugal podia estar ao nível do desenvolvimento da Finlândia se a corrupção fosse combatida com mais eficácia.
Mas, a pior consequência da corrupção é, indubitavelmente, a anomia da sociedade perante os sinais que a evidenciam, como se ela, apesar da sua perversidade, fosse uma inevitabilidade. É essa espécie de encolher de ombros colectivo que permite que ela se expanda ostensivamente. Corruptos e corruptores sentem-se cada vez mais impunes, pois sabem que não serão sancionados, nem através do voto democrático.
...
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1858172&opiniao=Ant%F3nio%20Marinho%20Pinto

sexta-feira, 20 de maio de 2011

JN - Milhares concentrados em Barcelona por democracia participativa

JN - 20110520
Cerca de 7000 pessoas, entre os quais alguns portugueses, estão concentradas no centro de Barcelona em defesa de uma democracia participativa e por alterações no sistema económico e garantem desobedecer à decisão das autoridades que declararam os protestos ilegais.

Denominado "Acampadabcn, o movimento define-se como espontâneo, pacífico, aberto e apartidário, surgiu nas redes sociais e apela a uma democracia participativa e quer uma alteração no sistema económico e político do país.

São pessoas de todas as idades e nacionalidades que se concentram na Praça da Catalunha, local central da capital catalã, e entre eles também estão portugueses que se juntaram ao movimento cívico.
...
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1856916

quinta-feira, 19 de maio de 2011

DE - Teodora Cardoso: Bancos vão continuar a ter dificuldades de financiamento


Económico com Lusa 19/05/11


Teodora Cardoso admitiu hoje que nos próximos meses os bancos vão continuar a ter dificuldades de financiamento.
"As empresas vão ter de perceber que há um período em que os bancos vão ter de reacertar critérios e, sobretudo, garantir o seu próprio 'funding', que deixou de estar garantido nos mercados internacionais", disse à agência Lusa Teodora Cardoso.
Segundo a mesma responsável, os bancos estão com um "seríssimo problema de liquidez", o que faz com "não estejam a assumir responsabilidades de muito longo prazo, enquanto não estiver tudo verdadeiramente clarificado sobre o funding deles".

...

DE - Estado - Menos 8 mil funcionários públicos em 2011

DE 20110519

Denise Fernandes
19/05/11

Desde o início do ano, a redução de trabalhadores da administração central do Estado foi de 8.103, ou seja, 1,6% do total.

"Prossegue, assim, a redução do universo de trabalhadores em funções públicas que tem vindo a ocorrer, sistematicamente, em todos os anos desde 2005, em contraponto, por sua vez, ao aumento desse mesmo universo de trabalhadores, todos os anos, nas décadas antecedentes", lê-se no documento do Ministério das Finanças, enviado às redacções.

No ano passado, a redução foi de 10.570 trabalhadores, ano em que entrou em vigor o congelamento de admissões no Estado.
...
http://economico.sapo.pt/noticias/menos-8-mil-funcionarios-publicos-em-2011_118521.html#comentarios



Comentário no DE:

Soluções para reduzir drasticamente o COMPADRIO e a CORRUPÇÃO, pricipais causas da situação económica actual :

1 - Moralizar a classe política, acabando com os políticos de carreira, impedindo a ocupação de cargos políticos ou em empresas públicas por mais de dez anos no total.

2 - Acabar com a farsa dos actuais concursos para lugares públicos, onde já se sabe quase sempre quem vai ser o vencedor, pois de facto é escolhido!

3 - Privilegiar a QUALIDADE no desempenho, EM VEZ DE SUBSERVIÊNCIA.

Não seria preciso muito mais que isto para permitir novamente aos
Portugueses poderem ter uma vida minimamente decente.

JN - Empresas de táxis apreensivas com proibição de carros poluentes na baixa

JN 20110519
...

A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira uma proposta para que os veículos anteriores a 1992, portanto, sem catalisador, sejam proibidos de circular na Avenida da Liberdade e na baixa lisboeta a partir de 4 de Julho.
Os carros que se encontrem nessas condições têm de colocar um adaptador ou serem substituídos por um que tenha esse equipamento de origem. No entanto, os táxis têm até Janeiro de 2012 para se adaptarem.
...
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1856196

JN - Manifestantes voltaram para praça Puerta del Sol

JN 20110519
Milhares de pessoas voltaram, ao final da tarde desta quinta-feira, a encher a praça Puerta del Sol, no centro de Madrid, desafiando proibições da Junta Eleitoral de Madrid e enquanto esperam uma decisão final da Junta Eleitoral nacional.
O protesto do movimento "Democracia Real Já", que se mantém há quatro dias, volta, como ocorre no final de cada dia, a congregar manifestantes entre o final da tarde e o inicio da madrugada.
Gente de todas as idades, famílias com crianças, estudantes, idosos, desempregados e trabalhadores juntam-se ao lado da pequena 'cidade' montada debaixo de toldos azuis, onde funcionam as várias 'unidades' de apoio aos manifestantes.
Como tem acontecido noutras cidades, entre as mensagens e os gritos, ouvem-se, de vez em quando, as "caçaroladas", tachos e panelas que se juntam a alguns apitos para dar som ao protesto.
Milhares de pessoas multiplicam e ecoam as mensagens que saem da praça para as redes sociais e, desde esta quinta-feira de manhã, mesmo quem está fora da Puerta del Sol pode acompanhar o que ali se passa através de uma câmara em 'streaming' permanente.

...

JN - Rendimento das famílias vai sofrer queda "sem precendentes"

JN 20110519
A recessão prolongada que a economia sofrerá nos próximos anos em consequência do acordo com a 'troika' será acompanhada de uma queda sem precedentes no rendimento disponível das famílias e de aumento do desemprego, alerta o Banco de Portugal.
...
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1856361

segunda-feira, 16 de maio de 2011

JN - Carlos Abreu Amorim - História de uma vigarice

JN 20110516
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1852890&opiniao=Carlos%20Abreu%20Amorim

Sol - José Luís Peixoto solidário com movimento 'É o Povo, Pá!'

SOL 2011.05.16
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=19292
...

"Um grupo de manifestantes do movimento 'É o Povo, Pá!» afixou esta noite um cartaz no Centro de Emprego de Benfica, em Lisboa, em protesto contra «as políticas de emprego», numa acção que, alegam, decorreu em simultâneo noutras cidades.
Às 02:30, três manifestantes aproximaram-se do Centro de Emprego de Benfica, tendo afixado um cartaz onde se lia «Não queremos subsídios, queremos emprego».
De máscara na cara, para impedir a identificação, um dos manifestantes disse à Lusa que este é um protesto que ocorreu «em simultâneo» em diversas cidades do país, contra «o tipo de políticas de emprego»."
...

SOL - Eurogrupo aprova por unanimidade resgate a Portugal

SOL 2011.05.16
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=19334
...

"O pacote de ajuda a Portugal atinge os 78 mil milhões de euros, repartido em partes iguais, de 26 mil milhões de euros, pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (suportado pelos países da Zona Euro), pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (a UE, através do orçamento comunitário), e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os ministros das Finanças recordam na declaração de hoje que o programa assenta em três grandes pilares, designadamente um ajustamento orçamental ambicioso para restaurar a sustentabilidade orçamental, um crescimento e competitividade para reforçar as reformas com a remoção de rigidezes nos mercados dos produtos e do trabalho, e, por fim, medidas para manter a liquidez e a solvência do sector financeiro.
Depois do acordo verificado hoje à tarde, o Eurogrupo irá formalizar ainda esta noite a parte do empréstimo correspondente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, enquanto que os ministros da União Europeia irão terça-feira dar o seu acordo definitivo à parte correspondente do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira.
O montante da primeira tranche e a taxa de juro precisa a ser aplicada ao empréstimo europeu ainda não foram divulgados.
Lusa/SOL"

DE - Daniel Bessa - “Em onze anos, endividamo-nos 2 milhões por hora”


Maria João Avillez
DE - 16/05/2011
“Portugal está numa trajectória de insustentabilidade desde os anos 90”, defende o economista Daniel Bessa.
O economista acredita que, no íntimo, os portugueses ficaram aliviados com a intervenção da ‘troika'.
...
...
"Também concorda que Portugal fica devedor a quem provocou o desfecho que conduziu à intervenção externa?
É evidente que era melhor se tivéssemos sido capazes de resolver o problema mas não fomos e basta reparar como o tema das reformas estruturais - do mercado de trabalho à gestão de empresas públicas passando pelo sistema de saúde - estava paralisado. Há muito tempo que a sociedade portuguesa é uma sociedade bloqueada.

Quando reflecte sobre isso, a que atribui esse bloqueio?
Antes do mais à dependência - muito grande - que a população portuguesa tem do Estado. Sempre foi assim. Os portugueses acham que aquilo que o Estado lhes dá ninguém paga e portanto não vê relação alguma entre aquilo que recebe e o que alguém paga. Portugal é aliás uma sociedade de direitos: as pessoas não vêem grande correspondência entre os "seus" direitos e o "dever", nem sei aliás se pensam nisso. "

Ler artigo completo em:
http://economico.sapo.pt/noticias/em-onze-anos-endividamonos-2-milhoes-por-hora_118106.html

domingo, 15 de maio de 2011

JN - "Até o empregado do peixeiro tinha casa de férias na Turquia"

JN 2011 05 15
"Os emigrantes portugueses na República da Irlanda e os irlandeses sabem como é que aconteceu a crise que deitou abaixo o "Tigre Celta", depois de anos de prosperidade. Culpam os bancos, os políticos e os excessos dos tempos de "boom" económico, que afinal não era sustentado. A recuperação está a ser lenta e difícil. "
.
Ver em:
http://www.jn.pt/multimedia/video.aspx?content_id=1852327

JN - Manuel Correia Fernandes - Uma questão de números?

JN 2011 05 15


...

"Finalmente, não podemos deixar de reflectir sobre a correspondência que há entre concelho e freguesia e planeamento e serviços à comunidade. Ou seja: Portugal tem o seu planeamento assente em Planos Directores Municipais (PDM) que - para o bem e para o mal - continuam a ser a única figura de planeamento de que dispomos e a sua sociabilidade mais básica assente na freguesia e no tecido associativo local que é débil e muitas vezes por de mais desconsiderado mas que é o de maior proximidade e o que mais contribui para a existência de coesão, solidariedade social e espírito de comunidade.
Por isso, a questão dos concelhos e das freguesias não é uma simples questão de números. Nem coisa para ser feita do dia para a noite e sobre o joelho. Ou só porque há crise. Ou só porque sim. Ou, o que é pior, só porque alguém nos manda fazer. Mas também é verdade que temos de começar por algum lado. Começar é bom mas convém muito que saibamos muito bem por onde e para onde queremos ir."

JN - Zita Seabra - Fartos disto

JN 2011 05 15


...

"A alternância do poder entre Direita ou Esquerda, ou entre conservadores e trabalhistas, é o que move as democracias e as diferencia das ditaduras populistas, muitas vezes assentes em eleições fantoches que eternizam ditadores no poder. Por isso, as democracias são sempre mais capazes de criar justiça social, de defender os mais pobres e criar mais justiça social com melhor repartição da riqueza de um país.
Por isso, as ditaduras terminam com ditadores em fuga, deixando um rasto de muito sacrifício e de muitas vítimas de gente de coragem. Nas democracias, com todos os defeitos e as crises que por vezes as tocam, a mudança é possível e a arma é o voto. Só a mudança pode trazer alguma esperança a um país em recessão, sem futuro, endividado e empobrecido."

sábado, 14 de maio de 2011

DE - Portugal - Empréstimos dos bancos evitaram bancarrota em Abril

Económico 14/05/2011
http://economico.sapo.pt/noticias/emprestimos-dos-bancos-evitaram-bancarrota-em-abril_118049.html

"Apenas o recurso a operações de crédito de curto prazo está a salvar o Estado português de entrar em bancarrota.
Segundo a edição deste sábado do jornal "Público", apenas o recurso a operações de crédito de curto prazo negociadas com bancos nacionais e internacionais está a salvar o Estado português de entrar em bancarrota enquanto espera pela chegada do financiamento de emergência da União Europeia e do FMI.
Durante o mês de Abril, o Estado, segundo o mais recente boletim do Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público (IGCP), procedeu à emissão de 7362 milhões de euros de dívida não transaccionável, que consiste na realização de operações de reporte com bancos nacionais e internacionais, na venda de papel comercial e na abertura de linhas de crédito com algumas instituições financeiras.
O financiamento obtido desta forma superou de forma clara aquilo que é habitual na gestão da dívida nacional. Nos primeiros três meses do ano, por exemplo, a emissão deste tipo de instrumentos pouco ultrapassou os 1.000 milhões de euros.
O "Público" confirmou, junto de fonte das Finanças, que esta foi a única forma encontrada para garantir que havia fundos suficientes para fazer face aos compromissos que o Estado teve entretanto de cumprir com outros credores."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

DE - Cadilhe - "Nacionalização do BPN foi um grave erro"

Económico com Lusa
2011/05/11


O antigo presidente do BPN considerou que a nacionalização foi um erro com grandes perdas para os contribuintes.
"A nacionalização do BPN foi um grave erro. Foi uma escolha errada", disse Miguel Cadilhe aos jornalistas à margem da apresentação do livro "BPN - Estado a mais, supervisão a menos".


...


JN Paulo Morais - Vícios municipais

JN - 20110511


As empresas municipais estão hoje completamente descredibilizadas. Na sua esmagadora maioria, delapidam recursos públicos, servem para distribuir empregos pelos "boys" dos partidos e até para favorecer umas negociatas. Em apenas dez anos de existência, acumularam milhares de vícios. Chegou pois a hora de moralizar o sector empresarial local, mantendo apenas aquelas entidades que cumpram um mínimo de requisitos.


...


Artigo completo em:


terça-feira, 10 de maio de 2011

DE - Barroso: Portugal estava em situação de "pré-ruptura financeira"

Luís Rego em Bruxelas 10/05/11
...

Barroso nunca tinha usado uma expressão tão dramática para descrever a situação financeira nacional como o fez agora numa declaração à margem da sessão do Parlamento Europeu em Estrasburgo.
A Comissão deu hoje o aval político ao resultado do trabalho da Troika em Lisboa mas Durão "congratulou" o apoio de várias "forças políticas portuguesas", demonstrando que essa é uma "condição essencial para o êxito das reformas" que vão ser postas em prática.

...

DE - Macedo: Portugal não está em condições de "regatear" juro do empréstimo

Económico com Lusa 10/05/11

http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-nao-esta-em-condicoes-de-regatear-juro-do-emprestimo_117744.html
...
O responsável adiantou que a taxa "está em linha, sendo um pouco superior" com o que "foi fixado para a Irlanda", realçando que a União Europeia, que vai emprestar a Portugal cerca de dois terços dos 78 mil milhões de euros, tem uma taxa de juro fixa.Já os restantes 26 mil milhões de euros são da responsabilidade do Fundo Monetário Internacional, que "tem uma taxa de juro mais baixa" mas "variável", assinalou.
...

domingo, 8 de maio de 2011

Poul Thomsen - “Medidas atacam comportamento lobbista do sector não transaccionável”

DE - Luís Reis Pires
08/05/11


"Paul Thomsen, o homem do FMI que liderou as negociações com o Governo, acredita que Portugal vai conseguir voltar ao caminho certo.
Recusa fazer comparações com Grécia e Irlanda - "não faz sentido tentar forçar comparações" -, porque cada país tem os seus próprios problemas. Numa curta entrevista conduzida pelo gabinete de estudos do próprio FMI, Thomsen frisa ainda o "equilíbrio" económico e social do programa que, diz, vai defender os mais fracos e atacar "os privilégios de que desfruta um pequeno grupo na economia portuguesa"."
...
Ler artigo completo em:
http://economico.sapo.pt/noticias/medidas-atacam-comportamento-lobbista-do-sector-nao-transaccionavel_117527.html

SOL - Manifesto pela coesão social dirigido a Cavaco Silva

20110508
"Personalidades de várias áreas juntaram-se em torno de um manifesto de convergência nacional pelo emprego e a coesão social e querem ser recebidas pelo Presidente da República para lhe apresentar as suas propostas.
Académicos como Anália Torres, António Hespanha, Boaventura de Sousa Santos, José Reis, Fernando Catroga, João Ferreira do Amaral e Manuela Silva integram o conjunto de 58 personalidades que subscreveram inicialmente o manifesto.
Os sindicalistas Carvalho da Silva e João Proença, a arquitecta Helena Roseta, o compositor António Pinho Vargas, o ex-ministro socialista João cravinho e o "capitão de Abril" Vasco Lourenço também estão entre os primeiros subscritores do documento em que é feita uma análise socio-económica do país.
O manifesto apresenta um conjunto de propostas para o país e lança um apelo "a um compromisso sob a forma de um programa de salvaguarda da coesão social em Portugal".
"Defendemos que, na actual conjuntura, apesar das dificuldades económicas, há determinados princípios e valores que têm de ser assegurados em qualquer situação", disse à agência Lusa um dos impulsionadores do Manifesto, José Reis, director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra."

...

"O manifesto, que deverá ser entregue ao Presidente da República, se este aceitar receber os seus signatários, propõe, nomeadamente, que seja desencadeado um escrutínio rigoroso da despesa pública, auditando a dívida do país, sobretudo a externa.
O documento afirma que a saúde, educação e segurança social não podem ser privatizadas, assim como os CTT e a Caixa Geral de Depósitos."


Ler artigo completo em:

SOL - Portugal 'tem de baixar salários rapidamente'

SOL - 20110508


"Portugal tem de baixar os salários o mais rapidamente possível para que a economia possa ganhar competitividade e voltar a crescer, considera o membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega.
O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar “Inside Job – A verdade sobre a crise”, esteve em Portugal a participar nas conferências do Estoril, e diz, em entrevista à Agência Lusa que para Portugal voltar a crescer terá necessariamente de actuar a nível salarial.
“Claramente para Portugal, o que precisam de fazer, o que o programa aponta para terem crescimento e competitividade é através de salários mais baixos. Os salários precisam de ser reduzidos, o mais rapidamente possível”, afirmou o economista.
Para que isso possa acontecer, o responsável considera que o Governo e os sindicatos têm de se unir e debater a questão e que este deve ser uma espécie de “imperativo nacional”, porque terá de existir essa redução."


...


Ler artigo completo em:


(JPP) CHEGA O PERÍODO ELEITORAL E A PARTIDO-CLUBITE ENRAIVECE

ABRUPTO - COISAS DA SÁBADO:

"É Portugal e o que é tem muita força, os partidos são o que são, e as pessoas são o que são. Muita fome, e poucos lugares ao sol. E a política começa a ficar como as claques de futebol. Se não estás a duzentos por cento connosco, estás com eles; se não calas as nossas asneiras, fazes o jogo do inimigo. Se perdermos, não será por causa das asneiras que fazemos, mas por tua causa que as criticas. Frágil poder esse que cai ao mais pequeno abano."
...
Ler artigo completo em ABRUPTO:

DE - Finlandeses respondem a vídeo português com “amor”

http://economico.sapo.pt/noticias/finlandeses-respondem-a-video-portugues-com-amor_117541.html
Económico
08/05/11

Depois de 'O que os Finlandeses devem saber sobre Portugal', surgiu 'O que os portugueses devem saber sobre a Finlândia'.
É mais breve e mais conciso. Os finlandeses responderam ao vídeo divulgado nas Conferências do Estoril através do Youtube. Se o vídeo português enaltecia as grandezas e a história dos portugueses e culminava com a ajuda que Portugal enviou para a Finlândia em 1940, a mensagem de resposta a defender a honra dos finlandeses também não se fica atrás.
Recordando a resistência da Finlândia aos exércitos de Estaline e de Hitler na Segunda Guerra Mundial, passando pelos títulos de Fórmula 1 e por ser um país com mulheres bonitas, o vídeo que veio do país onde a aprovação do resgate a Portugal está a ser polémica deixa uma mensagem final: "Podíamos gozar com a difícil situação financeira em Portugal. Mas não o fazemos, porque o nosso coração e a nossa mente estão convosco. Com amor, Finlândia".

DE - Cavaco defende aumento de impostos sobre o consumo

Impostos

Económico com Lusa
08/05/11

Cavaco diz que é possível ganhar competitividade ao diminuir impostos sobre o trabalho e aumentar os que incidem sobre o consumo.
"É sabido que, para conseguir uma desvalorização num País que não tem moeda própria, temos que jogar mão de impostos que incidem sobre o factor trabalho", disse.
Ora, realçou Aníbal Cavaco Silva, "diminuindo os impostos que incidem sobre o factor trabalho e, eventualmente, aumentando impostos que incidem sobre o consumo, demonstra-se na economia que é possível ganhar competitividade".

...

sábado, 7 de maio de 2011

DE - Cavaco - “Se não mudarmos daqui a três anos estaremos pior do que hoje”

Pedro Latoeiro 06/05/11


O Presidente da República afirmou hoje que “só há um caminho” para Portugal: “trabalhar melhor e poupar mais”.
"Se não mudarmos estaremos daqui a três anos, ou até antes disso, pior do que nos encontramos hoje", declarou hoje Cavaco Silva na primeiras palavras desde que foi anunciado o acordo com a ‘troika',
Para o Presidente da República "só há um caminho: trabalhar melhor e poupar mais". Numa declaração de doze minutos a partir do Palácio de Belém, Cavaco Silva enumerou "três objectivos que não podem falhar" nos próximos três anos: reforço significativo da poupança, aumento das exportações e restauração da confiança dos mercados em Portugal.
Durante esse processo "o Estado, sobretudo o Estado, tem de funcionar melhor e gastar com mais critério", mas também as famílias terão de perceber que o País não pode "continuar a viver acima das possibilidades" e a "gastar mais do que produz". Cavaco insistiu nesta mensagem: "Se nada fizermos não iremos ficar na mesma, ficaremos pior" e os empréstimos acordados com Bruxelas e o FMI não são "um cheque em branco para que tudo permaneça na mesma".


...


DE - Universidade do Minho vai passar a fundação no final do mês

Ensino superior
Ana Petronilho 07/05/11
...

O Conselho Geral entende que esta iniciativa do reitor segue "uma visão de que é mais fácil ser competitivo do que no modelo tradicional", explica o presidente.Luís Braga da Cruz aponta ainda várias as vantagens para a Universidade do Minho com a passagem a fundação: "Muito melhor flexibilidade de gestão económica e financeira, maior flexibilidade de contratação de recursos humanos, fora das restrições da administração pública". Para além disso, sendo a universidade uma fundação, "há maior agilidade na decisão e uma vantagem, que pode ser das mais significativas, estimular que as universidades e os institutos busquem novas formas de encontrar recursos".
...

3. Vantagens da passagem a fundaçãoAs instituições vêem reforçada a sua autonomia de funcionamento, com uma gestão mais profissionalizada. Por exemplo, os contratos de trabalho são os de direito privado e não da Função Pública e ficam com mais margem para contratar. As universidades ganham também mais eficiência nos seus procedimentos de gestão financeira, patrimonial e humana. E reforçam capacidade de programar as actividades académicas em prazos mais dilatados. A instituição pode ainda recorrer ao crédito bancário e rentabilizar o seu património imobiliário.
...
http://economico.sapo.pt/noticias/universidade-do-minho-vai-passar-a-fundacao-no-final-do-mes_117393.html

SOL - Explicações em casa substituídas pelo professor online

...

Para Bruno Barbas, a experiência de explicar as matérias à distância começou no site http://www.tiraduvidas.eu.
Hoje, aquele sítio na Internet tem 46.157 alunos e mais de cinco mil professores inscritos. Ali, podem-se tirar dúvidas a mais de 300 disciplinas de todos os níveis de ensino. Em vez de uma mensalidade fixa, as dúvidas pagam-se ao minuto, havendo módulos de 5,10, 20 e 30 minutos.
Bruno Barbas era um dos professores do "Tiradúvidas", mas acabou por abandonar o site para criar o seu próprio negócio na Internet. No blog http://www.explicacoes-online.blogspot.com/ ensina Matemática a estudantes de todo o país sem nunca sair do conforto da sua casa, mas ainda mantém alguns alunos que à hora marcada lhe tocam à campainha para uma explicação presencial, à moda antiga.
O percurso de Vítor Pereira é parecido: começou a ensinar em casa há sete anos, até que um dia teve “um feeeling” que a Internet podia ser uma boa opção. Criou o site www.explicamat.pt há dois anos e neste momento está a preparar 30 alunos para o exame nacional de Matemática.
...

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=18610

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vidro caiu da fachada do Casino da Figueira

A Protecção Civil da Figueira da Foz está a avaliar as condições de segurança das fachadas do Casino local, revestidas com vidros de grandes dimensões, depois de um vidro ter caído na rua.
...
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Figueira%20da%20Foz&Option=Interior&content_id=1843925

"Troika" - Acordo - Proprietários de casa serão penalizados com mais IMI

http://economico.sapo.pt/noticias/proprietarios-de-casa-serao-penalizados-com-mais-imi_117255.html


Paula Cravina de Sousa 04/05/11


O acordo entre o Governo e a ‘troika’ prevê a subida do IMI e uma redução da isenção do imposto. No entanto, o IMT deverá descer.
Os proprietários de casa vão ter a vida dificultada. De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras acordado entre Governo e a ‘troika' a que o Diário Económico teve acesso, além da retirada gradual da dedução das despesas com a casa no IRS, o IMI vai subir. A isenção de IMI - que varia actualmente entre os quatro e oito anos - será "consideravelmente reduzida até ao final de 2011". A boa notícia é que prevê-se uma redução do IMT - imposto pago aquando da compra da casa.
Estas medidas fazem parte de uma estratégia que tem como objectivo desincetivar a compra de casa, diminuir o recurso ao crédito à habitação, o endividamento das famílias e incentivar o arrendamento . No PEC IV, o Governo afirmava mesmo que "tendo em conta o elevado peso do crédito à habitação no total do crédito concedido a particulares dever-se-á evitar a existência de incentivos" que, "no actual quadro de elevado nível de endividamento externo, possam promover o endividamento excessivo das famílias".
O IMI vai ser reforçado através da reavaliação do valor patrimonial tributário que começa no segundo semestre do ano e através da subida das taxas a partir de 2012. Esta subida vai ajudar a compensar a redução do imposto sobre as transacções onerosas sobre imóveis (IMT), refere o documento.
Recorde-se que os impostos sobre o património foram alvo de uma reforma profunda em 2003 com Manuela Ferreira Leite como ministra das Finanças do Governo de Durão Barroso. Na altura, a contribuição autárquica passou a IMI e a Sisa passou a chamar-se IMT e representou uma revisão em alta generalizada daqueles impostos. Estes impostos são agora a principal fonte de receita das autarquias.
Paralelamente, os contribuintes deverão perder gradualmente o direito às deduções com as despesas com a casa, relativas a juros e amortizações. A medida estava já prevista no PEC IV e limitava-se apenas aos novos contratos de crédito à habitação. Resta saber, se a medida que resultar das negociações com a oposição, vai incluir apenas os novos contratos ou se vai abranger também os que já estão em vigor. Actualmente, os contribuintes podem deduzir até 30% dos juros e amortizações dos empréstimos contraídos para comprar casa até um limite máximo de 591 euros. Este limite pode ser aumentado até 886,50 euros consoante o nível de rendimentos, isto é, quanto menores forem os rendimentos, mais os contribuintes podem deduzir.
O acordo sugere ainda uma reforma do mercado de arrendamento que facilite a mobilidade.
Limitar deduções fiscais no IRS
Além das despesas com a casa, o acordo entre Governo e ‘troika' propõe - como já constava do PEC IV - a introdução de limites às deduções e benefícios fiscais em sede de IRS. Aquele documento previa que fossem impostos limites às deduções com as despesas de saúde ou educação, por exemplo, tendo em conta o nível de rendimentos do contribuinte. Os dois primeiros escalões de rendimentos, isto é até aos 7.410 euros anuais. A partir deste montante os limites às deduções deverão variar entre os 800 e os 1.100 euros. Outra das medidas recuperadas diz respeito à convergência entre os regimes fiscais entre pensionistas e trabalhadores por conta de outrem, o que na prática virá agravar a carga fiscal dos reformados.
No que respeita a outros benefícios e isenções no IRS e também no IRC, o documento refere o congelamento de uns e a extinção de outros. No total, o Estado deverá poupar 0,5% do Produto Interno Bruto, ou seja, 867 milhões de euros.

Função Pública - Redução de pessoal no Estado é para continuar

DE - Denise Fernandes 04/05/11


Não estão previstos despedimentos na administração pública mas a redução de trabalhadores no Estado é para continuar até 2013.
No memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika' que será discutido com a oposição, está prevista a redução de, pelo menos, 1% ao ano dos trabalhadores da administração central e de 2% na administração local e regional. Na prática significa que, por ano, o Executivo terá de garantir que saem do Estado pelo menos cerca de oito mil funcionários.
Uma segunda fase do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), será implementada no final deste ano, estando previsto igualmente um programa idêntico na administração local, que será lançado em Abril de 2012.


DECO alerta para depósitos bancários com taxa crescente

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=18214

Julian Assange diz que Facebook, Google e Yahoo têm interfaces para espionagem

Publicado por Casa dos Bits

20110503
Numa entrevista ao canal de televisão Russia Today o fundador do WikiLeaks afirma que a maior rede social da Internet é "a mais assustadora máquina de espionagem já inventada" e admite que a base de dados de pessoas, as suas relações, nomes e endereços possa estar a ser usada pelos serviços de informação norte-americanos, através de um interface desenvolvido especialmente para esse fim.

...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SOL - Pequenos deputados apresentam propostas contra violência escolar

2 de Maio, 2011
Mais de cem deputados em ponto pequeno oriundos de todo o país distribuíram-se hoje pelas comissões parlamentares para discutir projectos de combate à violência escolar, que visaram sempre a máxima eficiência mas com o mínimo de custos.
No primeiro dos dois dias que dura a iniciativa Parlamento dos Jovens, 130 alunos do ensino básico estiveram divididos por quatro comissões parlamentares para debater, na generalidade e na especialidade, projectos contra a violência em meio escolar.
Os projectos de recomendação foram por eles elaborados e foram previamente aprovados nos diversos círculos eleitorais de onde vinham. Nas comissões foram apresentados e debatidos sob orientação de deputados da Assembleia da República em representação dos grupos parlamentares.
A tónica dominante foi «a contenção de custos», um sinal de preocupação dos jovens com a situação de crise económica que vive o país, como disse Francisco Oliveira, do círculo eleitoral de Évora.
...
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=18181

DE - Câmara - Lisboa prepara caminho para venda forçada de casas

http://economico.sapo.pt/noticias/lisboa-prepara-caminho-para-venda-forcada-de-casas_117085.html
Paula Cravina de Sousa 02/05/11

...

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a preparar caminho para aplicar a venda forçada de casas, nos casos em que os proprietários se recusem a reabilitar a casa. A medida decorre da delimitação da Área da Reabilitação Urbana (ARU) a quase toda a cidade de Lisboa.
Esta delimitação está prevista na Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa apresentada na passada sexta-feira pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, e vai generalizar o acesso aos instrumentos e incentivos previstos do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana. A venda coerciva de casas foi precisamente uma das medidas mais polémicas e mais contestadas do regime jurídico que entrou em vigor no final de Dezembro de 2009.
Apesar de estar em vigor há mais de um ano, esta possibilidade ainda não tinha sido aplicada: "a lei tinha um procedimento pesado para delimitar as ARU e é isso que estamos a fazer agora", explicou Manuel Salgado.

Económico - Crise - PSD envia quinta carta ao Governo e exige resposta



02/05/11


É a quinta tentativa do PSD para obter uma resposta por parte do Governo. O principal partido da oposição acusa o Executivo de falta de "transparência".
A mensagem, a que o Económico teve acesso, assinada por Eduardo Catroga e endereçada a Pedro Silva Pereira, é já a quinta que o PSD envia ao Governo de José Sócrates. Os sociais democratas voltam a pressionar o Governo dizendo que querem ter acesso a "informações actualizadas sobre a real situação das contas públicas" e acusam o Executivo socialista de "opacidade".
Na mesma carta, o PSD lembra que o pedido dessas informações, no início de Abril, foi feito de forma a ser possível fazer um "desenho concreto de um programa de ajuda externa que contemple, adequadamente a componente crítica da competitividade e do crescimento económico, e que seja socialmente justo".
No entanto, segundo Catroga, o Governo "continua sem responder ao solicitado e faz sobretudo considerações de ordem política que o PSD repudia", pode ler-se na mensagem. Por este motivo, continua o responsável, "a responsabilidade pelo facto tem de ser imputada ao Governo e só ao Governo".
"O País encontra-se à beira da bancarrota (como já não acontecia na nossa história desde 1892), e as políticas dos governos dos últimos seis anos são as grandes responsáveis por esta tragédia nacional", lê-se ainda no documento.
A missiva do PSD surge assim dois dias antes de ser anunciado o memorando de entendimento entre a 'troika' internacional e o Governo de José Sócrates, depois de Portugal ter oficializado o pedido de ajuda externa, a 6 de Abril.

Regling - "O nervosismo da Comissão Europeia com Portugal é justificado"

http://economico.sapo.pt/noticias/o-nervosismo-da-comissao-europeia-com-portugal-e-justificado_117115.html
...
Numa entrevista publicada na edição de segunda-feira, 2 de Maio, no jornal económico alemão, Handelsblatt, Regling salienta que "até um governo em plenas funções com uma forte maioria parlamentar teria problemas em anuir a um programa de reformas tão drástico", quanto mais um executivo interino que se prepara para enfrentar eleições.
Regling reitera a necessidade de chegar a um acordo até ao Conselho dos Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) de 16 de Maio: "A próximo amortização da dívida pública portuguesa ocorre a 15 de Junho e o país precisa de ajuda para esta operação", disse o presidente do FEEF, sublinhando que o fundo necessita de cerca de duas semanas para colocar a soma à disposição de Lisboa.
A resposta de Regling à questão sobre uma recusa da assistência por parte da Finlândia é taxativa: "Então não poderemos ajudar, porque precisamos de uma decisão unânime".

Cuidado com os radares na CRIL

SOL
1 de Maio, 2011Por Sónia Graça
O novo troço da circular de Lisboa tem 16 radares, já operacionais, e apenas dois sinais de informação.
Quando inaugurou o último troço da CRIL, no passado dia 17, José Sócrates prometeu menos acidentes, menos despesas e mais rapidez nas viagens. Ficou por dizer que Lisboa passou assim a ter 16 novos radares e o Estado mais uma fonte de receita.
Logo nos primeiros dias da abertura do novo troço ao tráfego, soube o SOL, milhares de condutores foram detectados a circular nos túneis da Venda Nova e Benfica a mais de 70 km/h - limite de velocidade imposto - pelos 16 radares ali instalados (oito em cada sentido).
Alheios ao sinal de informação branco e azul colocado à boca do túnel, do lado direito, os condutores só se apercebem da existência do equipamento quando as câmaras disparam o flash. Em vez do tradicional sinal luminoso a indicar «Radar», o condutor encontra agora este novo sinal, aprovado em Março deste ano, que alerta para a presença de radares fixos.
O SOL sabe que, apesar de os aparelhos já estarem operacionais (e devidamente certificados pelo Instituto Português da Qualidade), as primeiras semanas obedeceram a um regime preventivo, apenas para avaliar a adaptação dos condutores. Mas, ao contrário do que aconteceu com os 21 radares de Lisboa (cujo período experimental durou três meses), na CRIL a cobrança de multas vai arrancar já a partir deste fim-de-semana.
...


«Vai haver um número estrondoso de contra-ordenações» - prevê Nuno Salpico, do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades: «Esta estrada induz os condutores a circular acima dos 70 km/h, porque a velocidade de tráfego ronda os 100 km/h». Resultado: «O essencial dessas coimas vai prescrever, como está a acontecer há muito tempo em Lisboa. As autoridades administrativas não têm capacidade de resposta».
sonia.graca@sol.pt

Austeridade - PSP e GNR falham pagamentos a fornecedores

http://economico.sapo.pt/noticias/psp-e-gnr-falham-pagamentos-a-fornecedores_117086.html

Descubra se está preparado para gerir poupanças em tempo de crise

http://economico.sapo.pt/noticias/descubra-se-esta-preparado-para-gerir-poupancas-em-tempo-de-crise_116953.html

domingo, 1 de maio de 2011

Unidade nacional sem Sócrates

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=17927

João Cravinho quer despartidarização da Administração Pública para evitar corrupção


1 de Maio, 2011
O socialista João Cravinho disse hoje que a Administração Pública está «infiltradíssima por lobbies e clientelas responsáveis pela corrupção do Estado», defendendo, por isso, que «é necessário despartidarizá-la».
O ex-ministro socialista falava no Encontro PensaRE Portugal, promovido pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real.
A um mês de eleições legislativas antecipadas, João Cravinho disse ainda que os partidos têm um comportamento que não permite às pessoas terem grande esperança porque as suas intervenções não se dirigem à resolução prática dos problemas nacionais e «toda a gente vê isso».
«O PSD já percebeu que está em risco de perder as eleições e estão cada vez mais preocupados com isso», disse.
O Estado Português, segundo Cravinho, está capturado por interesses e várias corporações e o sistema político não é exterior a essa captura, é agente da própria captura.
Por isso, considerou, tem de haver «transparência» na Administração Pública para que não haja «compadrios, soluções duvidosas e protecção de determinados interesses à custa dos interesses de todos».
Para João Cravinho, é «urgente» tornar a Administração Pública transparente e fazer com que os cidadãos tenham acesso real à informação e que isso seja garantido constitucionalmente.
Mas, frisou, «para isso não basta haver uma lei que depois ninguém cumpre ou cumpre mal».
Segundo o ex-ministro socialista, a insustentabilidade das finanças públicas é reflexo da falta de competitividade e crescimento e se este problema não se resolver, Portugal terá sempre «finanças públicas reprimidas e em muito mau estado».
...