Luís Rego em Bruxelas 11/04/11 Portugal vai ser alvo de uma terapia de choque nos próximos três anos, que vai reduzir o peso empresarial do Estado a mínimos. Um "programa ambicioso de privatizações", "flexibilização do mercado laboral" sobretudo facilitando despedimentos, "liberalizar mercado do produto e serviços" sobretudo na energia, aumento de impostos sobre o consumo, congelamento/redução de salários e pensões: estas são algumas das medidas que vão estar em cima da mesa de negociações em Lisboa. "Portugal terá de fazer em três anos, o que não quis fazer nos últimos vinte", disse um responsável europeu membro do Ecofin em Budapeste, este passado fim-de-semana. Depois do levantamento feito a partir de amanhã pela missão técnica da CE/BCE/FMI, as negociações começam na próxima semana. Dado o aumento rápido da dívida, o primeiro enfoque de Bruxelas é o programa de privatizações para, como diz o comissário Olli Rehn, "aliviar o fardo da dívida". Por princípio, a Comissão vai querer colocar "todo o sector público empresarial na mesa para avaliação", o que segundo apurou o Diário Económico inclui todo o universo da Caixa Geral de Depósitos, bem como empresas do sector dos transportes (nomeadamente a REFER, STCP e CP, através de concessões de exploração). O programa será construído em cima do plano de privatizações em curso como a venda parcial da Galp (8%), EDP (10%) REN (percentagem a determinar), TAP, CTT, ANA, Caixa Seguros, Estaleiro Navais de Viana do Castelo, EMFF, e também o BPN (100%), Inapa (32,7%), Edisoft (30%), EID (38,57%), Empordef (100%) e a mineira Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (81,1%). Este plano que já tinha sido incluído no Orçamento traria um encaixe de 4,8 mil milhões de euros até 2013.
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