Luís Rego em Budapeste 09/04/11
O Presidente assume ruptura com a decisão do Ecofin de ontem e pede mais “imaginação” à Europa para um programa interino, mas Bruxelas diz que já teve muita imaginação. O Presidente Cavaco Silva não aceita a decisão dos ministros europeus das finanças de fechar um acordo de ajuda em Maio e apela à imaginação dos europeus para encontrar programa interino até às eleições. Bruxelas recusa. "Espero que os nossos parceiros tenham em consideração que vamos para eleições a 05 de Junho, por isso, o que precisamos agora é de um programa interino para que o próximo Governo possa participar nas negociações finais, porque é o próximo Governo que vai implementar o programa", afirmou hoje o chefe de Estado português. "Por isso precisamos de alguma imaginação, digamos assim, das instituições europeias para encontrar um programa interino apropriado", declarou hoje em Budapeste. Oli Rehn responde "Já mostrámos muita imaginação" A resposta do Oli Rehn, o comissário europeu, não podia ser mais clara: "Já mostrámos muita imaginação e, especialmente, responsabilidade sobre a forma como devemos superar as dificuldades económicas de Portugal". E de seguida pediu silêncio aos actores políticos em Portugal. "Preferia não ter um diálogo público, todos os dias com os actores políticos portugueses, por quem tenho grande estima", "incluindo o Presidente da República", acrescentou. Quanto a um programa interino, Rehn insiste que a ajuda "será feita nos moldes dos programas já conhecidos", admitindo apenas "pequenos ajustes" no futuro, depois das eleições.
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