http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/803b55143574b827b11333.html
30 de Janeiro de 2009, 11:16
Viana do Castelo, 30 Jan (Lusa) - A pousada da EDP no Lindoso, Ponte da Barca, desactivada há mais de 15 anos e actualmente "em completo estado de degradação", vai ser cedida à câmara local e transformada em estrutura de cariz turístico.
"A nossa ideia é construir ali uma pousada da juventude ou um centro de férias do INATEL, ou então entregar aquilo à iniciativa privada, para um empreendimento ligado ao turismo", disse hoje, à Lusa, o presidente da Câmara de Ponte da Barca.
Segundo Vassalo Abreu, a data da assinatura da escritura de entrega pela EDP, a título gratuito, da pousada à autarquia deverá ser acertada "na próxima semana".
Para o autarca, essa data significará "o princípio do fim de uma situação insustentável", com uma pousada localizada "num local excelente" mas "completamente abandonada e em progressiva degradação".
A pousada foi construída pela EDP há cerca de 20 anos para acolher funcionários e técnicos superiores da empresa que trabalharam na construção da Barragem do Alto Lindoso, empreendimento hidroeléctrico inaugurado em 1993.
A partir de então, a pousada constituída por dois edifícios independentes, com 44 quartos, foi abandonada e, entretanto, os únicos "hóspedes" que conheceu foram as vacas barrosãs, que ali encontraram abrigo para se protegerem da chuva e do frio da serra.
Em 2004, a EDP anunciou que a infraestrutura estava à venda, o que motivou o recurso imediato para os tribunais da Junta de Freguesia do Lindoso, argumentando que a pousada está implantada em terrenos baldios da freguesia e que, como tal, não podia ser vendida.
A actual junta sempre lutou para que a EDP, em vez de pôr a pousada à venda, a oferecesse freguesia ou cedesse por um preço simbólico, até para "compensar" a população do Lindoso de todos os prejuízos sofridos durante e depois da construção da barragem.
Especificando alguns dos prejuízos, a autarquia recordou, por exemplo, que na altura a EDP pagou 30 escudos por metro de terreno de cultivo, enquanto que os proprietários do lado espanhol receberam "verdadeiras fortunas".
Apontou ainda prejuízos "avultados" nas culturas, resultantes da "completa alteração" das condições climatéricas, afectando sobretudo o vinho, "uma das principais riquezas da freguesia".
Entretanto, a actual Câmara de Ponte da Barca, liderada pelo socialista Vassalo Abreu, conseguiu chegar a acordo com a EDP para a cedência gratuita do equipamento, a título definitivo.
VCP.
Lusa/fim
30 de Janeiro de 2009, 11:16
Viana do Castelo, 30 Jan (Lusa) - A pousada da EDP no Lindoso, Ponte da Barca, desactivada há mais de 15 anos e actualmente "em completo estado de degradação", vai ser cedida à câmara local e transformada em estrutura de cariz turístico.
"A nossa ideia é construir ali uma pousada da juventude ou um centro de férias do INATEL, ou então entregar aquilo à iniciativa privada, para um empreendimento ligado ao turismo", disse hoje, à Lusa, o presidente da Câmara de Ponte da Barca.
Segundo Vassalo Abreu, a data da assinatura da escritura de entrega pela EDP, a título gratuito, da pousada à autarquia deverá ser acertada "na próxima semana".
Para o autarca, essa data significará "o princípio do fim de uma situação insustentável", com uma pousada localizada "num local excelente" mas "completamente abandonada e em progressiva degradação".
A pousada foi construída pela EDP há cerca de 20 anos para acolher funcionários e técnicos superiores da empresa que trabalharam na construção da Barragem do Alto Lindoso, empreendimento hidroeléctrico inaugurado em 1993.
A partir de então, a pousada constituída por dois edifícios independentes, com 44 quartos, foi abandonada e, entretanto, os únicos "hóspedes" que conheceu foram as vacas barrosãs, que ali encontraram abrigo para se protegerem da chuva e do frio da serra.
Em 2004, a EDP anunciou que a infraestrutura estava à venda, o que motivou o recurso imediato para os tribunais da Junta de Freguesia do Lindoso, argumentando que a pousada está implantada em terrenos baldios da freguesia e que, como tal, não podia ser vendida.
A actual junta sempre lutou para que a EDP, em vez de pôr a pousada à venda, a oferecesse freguesia ou cedesse por um preço simbólico, até para "compensar" a população do Lindoso de todos os prejuízos sofridos durante e depois da construção da barragem.
Especificando alguns dos prejuízos, a autarquia recordou, por exemplo, que na altura a EDP pagou 30 escudos por metro de terreno de cultivo, enquanto que os proprietários do lado espanhol receberam "verdadeiras fortunas".
Apontou ainda prejuízos "avultados" nas culturas, resultantes da "completa alteração" das condições climatéricas, afectando sobretudo o vinho, "uma das principais riquezas da freguesia".
Entretanto, a actual Câmara de Ponte da Barca, liderada pelo socialista Vassalo Abreu, conseguiu chegar a acordo com a EDP para a cedência gratuita do equipamento, a título definitivo.
VCP.
Lusa/fim
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