http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/dc477f8a1f31b45cf624c2.html
Belém, Brasil, 26 Jan (Lusa) - A cidade de Belém, no Estado do Pará, sede do Fórum Social Mundial (FSM) que se inicia na terça-feira, será o destino de cerca de três mil indígenas de todo o mundo para discutir a preservação da Amazónia.
Esta será a maior delegação indígena a participar num fórum social e só do Brasil estarão presentes 1.500 indígenas.
O segundo dia do evento será dedicado ao encontro dos povos indígenas provenientes de nove países da Pan-Amazónia, entre eles Venezuela, Peru, Equador, Colômbia e Bolívia para debates políticos sobre a situação do indígena no mundo e formas de preservar a Região Amazónica.
Segundo a organização do Fórum Social, o dia 28 será um marco para garantir o "protagonismo e participação massiva de representações dos povos e movimentos sociais" a fim de estabelecer diálogos e "convergências de lutas com os demais movimentos e experiências de todo mundo".
Cerca de 27 por cento do território amazónico, formado pelos nove países da Pan-Amazónia, é ocupado por terras indígenas.
Mais de 40 milhões de pessoas, o equivalente a 10 por cento de toda a população da América Latina, residem nesta região onde se dividem em 522 povos tradicionais de diferentes etnias.
São muitas as críticas e dúvidas a serem travados e discutidos entre os diversos povos.
Segundo o comité organizador do FSM, os principais temas que rondam a realidade indígena são a expansão de actividades de empresas multinacionais como mineradoras, petrolíferas, hidroelétricas, madeireiras e sojeiras que avançam sobre as reservas indígenas.
Para dar início às actividades, na terça-feira, líderes indígenas e organizações ambientais e de direitos humanos de dezenas de países vão reunir na "Faixa Humana pela Amazónia" na abertura do Fórum.
Os participantes irão formar uma faixa humana perto das margens do rio Amazonas com as mensagens: "SOS Amazónia" e "AMA Amazónia".
A ideia é enfatizar a importância da floresta Amazónica e a necessidade de acção imediata para acabar com a sua destruição.
Logo depois, terá início a marcha de abertura da 8ª edição do Fórum Social Mundial onde cerca de 50 mil pessoas deverão percorrer o trajecto de seis quilómetros do porto de Belém ao centro da cidade como um grande momento de confraternização e reunião multicultural.
Ao longo dos seis dias de evento, são esperadas cerca de 120 mil pessoas de 150 paises diferentes.
Além de três mil indígenas, o movimento negro estará presente com 1.500 pessoas e os movimentos sociais de luta pela terra como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e a Via Campesina marcarão presença ao levar 2.500 pessoas.
No entanto, a maior parcela de participantes é formada por cerca de 20 mil pessoas que se vão hospedar no Acampamento da Juventude.
São ainda esperados cinco chefes de Estado da América Latina: Lula da Silva (Brasil), Hugo Cháves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador).
Entre imensas actividades durante o FSM, haverá dois painéis, no dia 29, que reunirão estudiosos e especialistas de países lusófonos que discutirão questões sobre "trabalho e sociabilidade em tempos de mundialização".
Os países lusófonos estarão representados por intelectuais das Universidades Técnica Lisboa, de Portugal; Eduardo Muandane, Moçambique; Agostinho Neto, Angola; e do Brasil de universidades federais.
FO.
Lusa/Fim
Belém, Brasil, 26 Jan (Lusa) - A cidade de Belém, no Estado do Pará, sede do Fórum Social Mundial (FSM) que se inicia na terça-feira, será o destino de cerca de três mil indígenas de todo o mundo para discutir a preservação da Amazónia.
Esta será a maior delegação indígena a participar num fórum social e só do Brasil estarão presentes 1.500 indígenas.
O segundo dia do evento será dedicado ao encontro dos povos indígenas provenientes de nove países da Pan-Amazónia, entre eles Venezuela, Peru, Equador, Colômbia e Bolívia para debates políticos sobre a situação do indígena no mundo e formas de preservar a Região Amazónica.
Segundo a organização do Fórum Social, o dia 28 será um marco para garantir o "protagonismo e participação massiva de representações dos povos e movimentos sociais" a fim de estabelecer diálogos e "convergências de lutas com os demais movimentos e experiências de todo mundo".
Cerca de 27 por cento do território amazónico, formado pelos nove países da Pan-Amazónia, é ocupado por terras indígenas.
Mais de 40 milhões de pessoas, o equivalente a 10 por cento de toda a população da América Latina, residem nesta região onde se dividem em 522 povos tradicionais de diferentes etnias.
São muitas as críticas e dúvidas a serem travados e discutidos entre os diversos povos.
Segundo o comité organizador do FSM, os principais temas que rondam a realidade indígena são a expansão de actividades de empresas multinacionais como mineradoras, petrolíferas, hidroelétricas, madeireiras e sojeiras que avançam sobre as reservas indígenas.
Para dar início às actividades, na terça-feira, líderes indígenas e organizações ambientais e de direitos humanos de dezenas de países vão reunir na "Faixa Humana pela Amazónia" na abertura do Fórum.
Os participantes irão formar uma faixa humana perto das margens do rio Amazonas com as mensagens: "SOS Amazónia" e "AMA Amazónia".
A ideia é enfatizar a importância da floresta Amazónica e a necessidade de acção imediata para acabar com a sua destruição.
Logo depois, terá início a marcha de abertura da 8ª edição do Fórum Social Mundial onde cerca de 50 mil pessoas deverão percorrer o trajecto de seis quilómetros do porto de Belém ao centro da cidade como um grande momento de confraternização e reunião multicultural.
Ao longo dos seis dias de evento, são esperadas cerca de 120 mil pessoas de 150 paises diferentes.
Além de três mil indígenas, o movimento negro estará presente com 1.500 pessoas e os movimentos sociais de luta pela terra como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e a Via Campesina marcarão presença ao levar 2.500 pessoas.
No entanto, a maior parcela de participantes é formada por cerca de 20 mil pessoas que se vão hospedar no Acampamento da Juventude.
São ainda esperados cinco chefes de Estado da América Latina: Lula da Silva (Brasil), Hugo Cháves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador).
Entre imensas actividades durante o FSM, haverá dois painéis, no dia 29, que reunirão estudiosos e especialistas de países lusófonos que discutirão questões sobre "trabalho e sociabilidade em tempos de mundialização".
Os países lusófonos estarão representados por intelectuais das Universidades Técnica Lisboa, de Portugal; Eduardo Muandane, Moçambique; Agostinho Neto, Angola; e do Brasil de universidades federais.
FO.
Lusa/Fim
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