http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/66f45a6e39d917754bbc12.html
30 de Janeiro de 2009, 20:26
Belém, Brasil, 30 Jan (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje no Fórum Social, em Belém, um modelo sustentável económico alternativo, mas reconheceu que o Plano Amazónia Sustentável, lançado em Maio no Brasil para redução da desflorestação, ainda anda "devagar".
A meta de regularização fundiária é uma das 20 estratégias que o Plano prevê e deverá ser finalizada ao fim de três anos.
No entanto, o ministro admite que "as outras estratégias estão devagar".
Para 2009, será iniciado o programa de recuperação de áreas degradadas e até ao final deste ano será concluído o Zoneamento Económico-Ecológico (ZEE) para definir recomendações de actividades que poderão ser implementadas em cada região.
A "guerra" contra a desflorestação da Amazónia, segundo Minc, não se dá apenas ao nível da repressão, mas é também necessário "lançar as bases do desenvolvimento sustentável com inclusão e consciência".
"Vamos apostar no desenvolvimento alternativo, sustentável e acabar com a impunidade porque incentiva o crime ambiental no país", enfatizou o ministro brasileiro.
"A nossa guerra é contra o modelo predatório que empobrece o povo e destrói a Amazónia", destacou ao referir-se que antes "o crime compensava".
Nos últimos seis meses de 2008, de acordo com Carlos Minc, a desflorestação da região amazónica reduziu 40 por cento, contudo, considera este nível ainda "insuportável".
Já no que se refere às mudanças climáticas, o governante defendeu uma posição mais firme do Brasil.
Assim como o Fundo Amazónia criado em Agosto do ano passado para angariar recursos de países para destinar à prevenção e combate à desflorestação da Amazónia, Minc adiantou que já está a tramitar no Congresso brasileiro a proposta de um Fundo de Mudanças Climáticas.
A expectativa é que inicialmente o Fundo seja dotado com 300 milhões de reais (mais de 100 milhões de euros) que financie projectos de combate à desertificação.
Para Minc, é preciso "mostrar que o Brasil é capaz de desenvolver e preservar simultaneamente a Amazónia".
O Brasil esteve representado por doze ministros no Fórum, além do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O chefe de Estado brasileiro esteve quinta-feira em Belém, ao lado dos outros quatro presidentes latino-americanos participantes do evento, onde recusou "lições" dos países ricos no combate à crise .
"Eles (os países ricos) tinham a solução para todos os nossos problemas e diziam o que tínhamos de fazer. Parecia que eles eram infalíveis e nós, incompetentes. Mas Deus escreve certo por linhas tortas, porque o `deus mercado´ quebrou", ironizou, citado pelo jornal Estado de São Paulo.
"Eles diziam que tínhamos de fazer ajuste fiscal, cortar gasto, fazer choques de gestão e mandar trabalhadores embora. É hora, na verdade, de investirmos, de colocarmos dinheiro nos sectores produtivos", acrescentou Lula, aproveitando a ocasião para falar do plano de seu Governo de promover a construção de 1 milhão de casas populares nos próximos dois anos.
FO/PDF.
Lusa/Fim
30 de Janeiro de 2009, 20:26
Belém, Brasil, 30 Jan (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje no Fórum Social, em Belém, um modelo sustentável económico alternativo, mas reconheceu que o Plano Amazónia Sustentável, lançado em Maio no Brasil para redução da desflorestação, ainda anda "devagar".
A meta de regularização fundiária é uma das 20 estratégias que o Plano prevê e deverá ser finalizada ao fim de três anos.
No entanto, o ministro admite que "as outras estratégias estão devagar".
Para 2009, será iniciado o programa de recuperação de áreas degradadas e até ao final deste ano será concluído o Zoneamento Económico-Ecológico (ZEE) para definir recomendações de actividades que poderão ser implementadas em cada região.
A "guerra" contra a desflorestação da Amazónia, segundo Minc, não se dá apenas ao nível da repressão, mas é também necessário "lançar as bases do desenvolvimento sustentável com inclusão e consciência".
"Vamos apostar no desenvolvimento alternativo, sustentável e acabar com a impunidade porque incentiva o crime ambiental no país", enfatizou o ministro brasileiro.
"A nossa guerra é contra o modelo predatório que empobrece o povo e destrói a Amazónia", destacou ao referir-se que antes "o crime compensava".
Nos últimos seis meses de 2008, de acordo com Carlos Minc, a desflorestação da região amazónica reduziu 40 por cento, contudo, considera este nível ainda "insuportável".
Já no que se refere às mudanças climáticas, o governante defendeu uma posição mais firme do Brasil.
Assim como o Fundo Amazónia criado em Agosto do ano passado para angariar recursos de países para destinar à prevenção e combate à desflorestação da Amazónia, Minc adiantou que já está a tramitar no Congresso brasileiro a proposta de um Fundo de Mudanças Climáticas.
A expectativa é que inicialmente o Fundo seja dotado com 300 milhões de reais (mais de 100 milhões de euros) que financie projectos de combate à desertificação.
Para Minc, é preciso "mostrar que o Brasil é capaz de desenvolver e preservar simultaneamente a Amazónia".
O Brasil esteve representado por doze ministros no Fórum, além do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O chefe de Estado brasileiro esteve quinta-feira em Belém, ao lado dos outros quatro presidentes latino-americanos participantes do evento, onde recusou "lições" dos países ricos no combate à crise .
"Eles (os países ricos) tinham a solução para todos os nossos problemas e diziam o que tínhamos de fazer. Parecia que eles eram infalíveis e nós, incompetentes. Mas Deus escreve certo por linhas tortas, porque o `deus mercado´ quebrou", ironizou, citado pelo jornal Estado de São Paulo.
"Eles diziam que tínhamos de fazer ajuste fiscal, cortar gasto, fazer choques de gestão e mandar trabalhadores embora. É hora, na verdade, de investirmos, de colocarmos dinheiro nos sectores produtivos", acrescentou Lula, aproveitando a ocasião para falar do plano de seu Governo de promover a construção de 1 milhão de casas populares nos próximos dois anos.
FO/PDF.
Lusa/Fim