JN - 2010-05-23
Inês Schreck
Três escadas na entrada de uma casa são suficientes para roubar a liberdade de quem perdeu capacidades de locomoção. Há muitas centenas de idosos no país impedidos de sair à rua por falta de acessibilidades nos edifícios habitacionais. A nova lei pouco mudou.
Prisioneiros das suas casas, das suas incapacidades, dos seus medos, não saem à rua sozinhos porque, de um dia para o outro, a escadaria do prédio passou a ser instransponível ou a porta demasiado estreita para passar a cadeira de rodas. O JN conheceu alguns idosos que, apesar de se movimentarem em casa, estão há anos cingidos a quatro paredes. Sozinhos, sobrevivem com a ajuda de familiares ou a caridade de vizinhos. Desinteressados da vida no exterior, esperam a morte dentro de casa.
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http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1576250&page=-1
Inês Schreck
Três escadas na entrada de uma casa são suficientes para roubar a liberdade de quem perdeu capacidades de locomoção. Há muitas centenas de idosos no país impedidos de sair à rua por falta de acessibilidades nos edifícios habitacionais. A nova lei pouco mudou.
Prisioneiros das suas casas, das suas incapacidades, dos seus medos, não saem à rua sozinhos porque, de um dia para o outro, a escadaria do prédio passou a ser instransponível ou a porta demasiado estreita para passar a cadeira de rodas. O JN conheceu alguns idosos que, apesar de se movimentarem em casa, estão há anos cingidos a quatro paredes. Sozinhos, sobrevivem com a ajuda de familiares ou a caridade de vizinhos. Desinteressados da vida no exterior, esperam a morte dentro de casa.
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http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1576250&page=-1
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O decreto lei 163/2006 de 8 de Agosto que define o regime das acessibilidades aos edifícios públicos e, pela primeira vez, aos habitacionais, pouco ou nada mudou no que respeita aos prédios antigos. Patrícia Lourenço, arquitecta da Companhia de Arquitectura e Design (CAD), entende que a lei actual é mais exigente do que o revogado decreto-lei 123/97, mas "tudo pára na hora da fiscalização". O projectista de um edifício novo está obrigado a entregar um projecto específico de acessibilidades, mas muitas vezes, como não há fiscalização, não é concretizado.
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