O Dr. Raul Nobre formaliza uma expressão de impotência que a generalidade das pessoas de bem e de alguma cultura cívica vêem sentindo há já muito tempo.
A metodologia de “políticas agressivas” de intervenção social e urbana de vários dos nossos políticos (arreigando vontades próprias, contra tudo e todos os que têm um nível superior de conhecimentos em cada uma das áreas específicas de intervenção), está a destruir não só o nosso património, a nossa cultura e mesmo a nossa economia.
Vêem de longe as críticas individuais quanto a estas atitudes, sem grandes resultados práticos.
Uma das melhores percepções desta triste realidade está na Tese de Doutoramento do General Ramalho Eanes: A sociedade civil não soube impor os seus desígnios no pós 25 de Abril.
O melhor meio de defesa dos principais valores sociais e culturais é pela intervenção das Ordens e Associações Profissionais de cada um dos sectores, arreigando valores de qualidade e seriedade, que deveriam ir bem mais longe que a vulgar defesa de interesses económicos e de grupo, característicos das actuais vontades políticas.
Mas onde temos visto esta intervenção?
Há um sentimento profundo de que, na generalidade, esses valores políticos dominam também esses grupos profissionais. O erro é permitir-se isso.
Cada uma das direcções das Ordens profissionais está OBRIGADA à salvaguarda dos seus valores fundamentais – e devia cumprir.
Para salvar a face, alguns grupos pontuais deixam-nos uma ténue esperança – por exemplo, esta subscrição pública agora apresentada e devidamente fundamentada pela URBE, sobre o PPS da Baixa Pombalina (que vem na linha da brincadeira que fizeram na Praça do Comércio), e que vivamente aconselho a que seja subscrita (é quase um grito de revolta contra a estupidez):
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2511