sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CIDADANIA LX: Terreiro do Paço - Novos holofotes, piso estragado

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Comentários do Dr. Raul Nobre:
"Não tomem como brincadeira aquilo que vou escrever.
Será que o autor destes disparates é um indivíduo mentalmente são?Uma coisa são os comentários disparatados que por vezes lemos. Outra coisa são ESTES ATENTADOS contra o nosso património, vindos de indivíduos com formação académica superior. Sem estar a querer fazer ironia, fico a pensar que por detrás deste comportamento pode muito bem existir patologia do foro psiquiátrico. E como é que se vai "deitar a mão" em casos em que isto possa acontecer? É uma coisa muito séria e quem ocupa cargos superiores aos destes indivíduos, tem que ter isto presente e estar atento para actuar em conformidade.
O facto de um indivíduo ser, por exemplo, psicótico, não significa que não seja inteligente.
E questões destas podem ser, pelo doente, encaminhadas judicialmente e encaradas como difamação (ele apresentará logo dois ou três psiquiatras que dirão que é mentalmente normal).
Por isso mesmo, eu não estou a dizer que o homem (ou mulher) seja psicótico.
O que eu digo é que os resposáveis têm que estar atentos, mas mesmo muito atentos, pois "AQUELAS OBRAS" não me parecem próprias de alguém mentalmente são. Mas posso estar enganado, como é óbvio.
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Para não chorarmos, deixem-me ironizar à boa maneira portuguesa.
Sabem qual é a diferença entre os erros dos médicos e os erros dos arquitectos?
Os erros dos médicos enterram-se e os dos arquitectos ficam à vista.
Consta que neste caso não estaremos perante arquitectos, mas sim perante arquitontos.
Falando sèriamente, o que se deve fazer?"
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Comentário:
O Dr. Raul Nobre formaliza uma expressão de impotência que a generalidade das pessoas de bem e de alguma cultura cívica vêem sentindo há já muito tempo.

A metodologia de “políticas agressivas” de intervenção social e urbana de vários dos nossos políticos (arreigando vontades próprias, contra tudo e todos os que têm um nível superior de conhecimentos em cada uma das áreas específicas de intervenção), está a destruir não só o nosso património, a nossa cultura e mesmo a nossa economia.
Vêem de longe as críticas individuais quanto a estas atitudes, sem grandes resultados práticos.

Uma das melhores percepções desta triste realidade está na Tese de Doutoramento do General Ramalho Eanes: A sociedade civil não soube impor os seus desígnios no pós 25 de Abril.

O melhor meio de defesa dos principais valores sociais e culturais é pela intervenção das Ordens e Associações Profissionais de cada um dos sectores, arreigando valores de qualidade e seriedade, que deveriam ir bem mais longe que a vulgar defesa de interesses económicos e de grupo, característicos das actuais vontades políticas.
Mas onde temos visto esta intervenção?

Há um sentimento profundo de que, na generalidade, esses valores políticos dominam também esses grupos profissionais. O erro é permitir-se isso.
Cada uma das direcções das Ordens profissionais está OBRIGADA à salvaguarda dos seus valores fundamentais – e devia cumprir.

Para salvar a face, alguns grupos pontuais deixam-nos uma ténue esperança – por exemplo, esta subscrição pública agora apresentada e devidamente fundamentada pela URBE, sobre o PPS da Baixa Pombalina (que vem na linha da brincadeira que fizeram na Praça do Comércio), e que vivamente aconselho a que seja subscrita (é quase um grito de revolta contra a estupidez):
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2511
Ferreira arq.

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